OBSERVATÓRIO. Enquanto grandões se aquietam, PDT e PSDB são exceções a se movimentar. E muito
Não é que PMDB, PT e PP estejam sem fazer nada. Mas, quem sabe por conta do verão e de outros problemas, ou mesmo por estarem trabalhando em silêncio, não conseguem ser muito notados. O primeiro padece de nomes que galvanizem (exceção feita a Cezar Schirmer, já no final do seu segundo e último mandao); o segundo vive às voltas com suas discussões internas e até a possibilidade (por enquanto negada) de perder um de seus grandões; e o terceiro, bem, o terceiro precisa comunicar ao vice-prefeito José Haidar Farret que o plano não é exatamente concorrer a prefeito.
Feito esse introito, é evidente que o trio de graúdos se mexe. Mas muito mais para dentro do que para fora, se me entende. Assim é que o PSDB e o PDT, partidos médios que querem ocupar lugar no primeiro escalão, tanto em filiados quanto em influência, aparecem mais.
Quer dizer, nem tanto. Afinal, a mídia (exceção, modéstia às favas, a este editor, que os noticiou na coluna diária do jornal A Razão) não está dando, até aqui, muita conversa. Mas os fatos existem. E são importantes, com certeza.
VEJA-SE O caso do PSDB. É escancarada a disputa que firmam os deputados Jorge Pozzobom, majoritário, e Nelson Marchezan Júnior, em busca de maior quinhão de influência interna. Isso se revelou mais uma vez nas últimas duas semanas, com intermináveis encontros entre seus segundos, para ver se há alguma coisa parecida com acordo. Em jogo, exatamente o poder decisório no tucanato da boca do monte.
Tudo o que houve aqui desemborará, mais uma vez, na convenção municipal. O confronto seria no dia 15. Ficou para 10 de maio, por conta da adesão tucana ao movimento que pretende derrubar a presidente Dilma Rousseff. Tem mais mês e tanto de conversê, portanto, para se chegar à boca da urna interna.
AGORA, O PDT. Sua maior figura local, hoje, é Marcelo Bisogno, vereador campeão de votos. No entanto, ainda que seja forte, é consenso ser insuficiente para, sozinho, virar prefeito de Santa Maria, por exemplo. Não, impossível não é (nada é, em política). Mas é preciso mais do que tem hoje.
Nesse contexto, bastante interessante se torna o regabofe (que só este editor noticiou até aqui) marcado para o dia 20. Vêm aí os figurões do PDT estadual, inclusive o senador Lasier Martins. O objetivo é dar um empurrão no pedetismo. E o sonho de consumo seria, nessa data, anunciar a chegada, por exemplo, de Fabiano Pereira, até agora petista. Não deve acontecer, ainda. Mas sonhar não custa nada e os grandões pedetistas trabalham para isso.
Resumo da ópera: se é verdade que pontificam na política local, pelo número de filiados e simpatizantes, PT, PMDB e PP, não é menos verdade que tem gente chegando. E com muita fome. Caso dos tucanos, mesmo com suas rusgas, e pedetistas, que sonham com a primeira divisão.
LUNETA
Foram dois os assuntos da semana, até prova em contrário, em Santa Maria. Um deles a discussão em torno do Hospital Regional.
O outro? Foi o forrobodó em torno do agito na praça Saturnino de Brito, que teve dois jovens feridos e uma convocação extraordinária do Gabinete de Gestão Integrada.
Quanto ao Regional, ao que tudo indica a discussão ainda vai longe, dadas as posições antagônicas que estão bastante claras.
De um lado, os defensores da manutenção do acordo pelo qual quem vai gerir a nova instituição pública é a EBSERH, empresa pública federal que administra hospitais.
De outro, prefeitos, especialmente os da base de apoio do governo José Ivo Sartori, com destaque para o santa-mariense Cezar Schirmer, que estão com o deputado Osmar Terra.
O parlamentar, que foi secretário de Saúde no governo de Yeda Crusius, quer que o Hospital Regional seja gerido por um hospital filantrópico privado.
Se houve temas mais momentosos que este, na semana que encerra, o leitor, claro, está convidado a se manifestar e fazer o seu comentário.
Dentro da programação do Mês da Mulher acontece daqui a pouco, no Centro de Referência de Economia Solidária Dom Ivo Lorscheiter, um evento do Projeto Esperança/Cooesperança.
Trata-se do painel “Ações de enfrentamento da violência contra a mulher no context rural e urbano: quais as contribuições dos órgãos governamentais e movimentos sociais”.
O evento inicia às 8 e meia da manhã e vai até 11 e meia e terá a participação de pelo menos cinco painelistas convidados.
Eles(as) representam a Coordenadoria de Mulheres, Conselho de Mulheres, Movimento dos Pequenos Agricultores, Fórum de Mulheres e Coletivo Levante da Juventude Popular.
Por fim, uma informação: a ideia é manter a versão online da coluna Observatório (extinta na versão impressa, que durou 15 anos), com um texto “de fundo” e a seção Luneta. Ponto.
Você pode seguir o editor no Twitter (@claudemirpe) e curtir sua página no Facebook (www.facebook.com/siteclaudemirpereira). Ah, e pode ouvi-lo, às 7h30 e ao meio dia, na Antena 1.
OBSERVAÇÃO: as fotos que ilustram esta coluna são reproduções dos perfis dos retratados, no Feicebuqui.
Eu tenho medo é dos galãs fabricados, de voz mansa, propondo "a boa política contra tudo o que não presta"… ah, povo de memória curta! Trocam seis por meia-dúzia!
olha uma dobradinha bisogno-fabiano iria cair muito bem, são duas pessoas jovens e com boas ideias…de repente seria muito forte talves uma cansada dobradinha valdeci -werner que já deu o que tinha que dar a cidade de outro lado…não se assustem se virem um pozzobom-farret…até porque nessa dubla tem quem não goste de largar o poder…correndo por fora sem dinheiro tiago aires do PSOL
mas segundo turno iria ser bisogno versus valdeci…bom agora só falta acertar na loteria.