CRÔNICA. Márcio Grings e a Gertrudes. Se ela não existe hoje, pode apostar, em algum momento existirá
“…Nunca viu outra pessoa ao vivo. Nem homem, nem mulher. Só vê e minimamente interage com a máquina andrógina que aparece religiosamente uma vez por semana. Já chegou a duvidar de alguma existência humana semelhante à dela. Em seus pesadelos, só existem máquinas que comandam tudo. Ela é a única sobrevivente da antiga raça. Gertrud não se lembra de nada relevante acontecido além de alguns meses. Na verdade, só lembra-se das malditas paredes brancas e a luz predadora. Mesmo quando fecha os olhos. E como um arquivo baqueado, a memória sofre diversos apagões. De tempo em tempo ela passa por um processo de ‘imposição magnética’ que deleta coisas dentro dela. Não tem a mínima ideia de quem comanda esse troço, mas não há o que fazer a não ser ler e reler os manuais de procedimento. Uma espécie de Bíblia daquele lugar sem religião ou Deus…”
CLIQUE AQUI para ler a íntegra da crônica “Uma menina chamada Gertrud 1.544”, escrita pelo radialista Márcio Grings, colaborador habitual deste sítio, às sextas-feiras. O texto foi postado agora há pouquinho, na seção “Artigos”. Boa leitura!
O Grings continua escrevendo do ALÉM ?????