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EDUCAÇÃO. UFSM acumula déficit de R$ 13 milhões neste ano, disse Burmann na assembleia dos docentes

Burmann (D) fez relato da situação da UFSM, no que toca ao contingenciamento de verbas
Burmann (D) fez relato da situação da UFSM, no que toca ao contingenciamento de verbas

O tema principal, ou pelo menos o mais aguardado, na assembleia convocada para a tarde desta segunda-feira, pela Seção Sindical dos Docentes da UFSM (Sedufsm), seria a avaliação do movimento nacional de greve. O debate sobre isso aconteceu, sem que tenha sido apresentada, inclusive, qualquer proposta formal de adesão.

Mas, certamente, como resultado do encontro, ao qual compareceram cerca de 45 professores, o principal foi mesmo a participação do reitor Paulo Burmann. Que fez um relato tão detalhado quanto possível da situação enfrentada hoje pela instituição. Percebe-se, claramente, que ele busca manter o otimismo. Que, porém, não é confirmado pelos números que o próprio reitor apresentou.

A seguir, você tem o material produzido pela assessoria de imprensa da Sedufsm. O editor recortou exatamente a parte que refere a manifestação do reitor. Lá embaixo você tem o linque para a íntegra, com todos os temas abordados na assembleia. O texto é de Fritz R. Nunes, com foto de Rafael Balbueno. Acompanhe:

 “…Palavra do reitor

A partir do convite feito pela direção da Sedufsm, compareceu à assembleia desta segunda o reitor, professor Paulo Burmann. Antes de passar a palavra ao dirigente da UFSM, o presidente do sindicato, Adriano Figueiró, ressaltou que o Comando Nacional de Greve estava realizando uma campanha nacional, que é o “Abres as contas, reitor!” buscando dar o máximo de transparência à situação financeiras das Instituições.

Burmann abriu sua manifestação dizendo que a situação da UFSM é conhecida pela maioria, pois ele tem buscado apresentar todos os dados, seguidamente, em seus pronunciamentos, especialmente nas reuniões dos conselhos superiores. Conforme o reitor, a universidade encontra-se em uma situação “preocupante”, pois acumula em 2015 um déficit de mais de R$ 13 milhões. Apesar de atrasar os pagamentos, ele diz que ainda tem sido possível contornar o problema, pois os contratos, especialmente com empresas terceirizadas, preveem um prazo de até 90 dias para que se faça o acerto.

Enquanto o custeio, que cobre as despesas com viagens, diárias, taxas de água, luz e telefone, e mais as terceirizadas, sofreu uma redução de 10%, no caso da área de investimento, em que o corte alcança 50%, Burmann afirma que por enquanto, não há obras paradas, apenas houve redução no ritmo no andamento. No entanto, com a incerteza em relação aos repasses de recursos – governo prometeu repasse de 10 em 10 dias e não está cumprindo- a possibilidade de que alguma obra tenha que ser paralisada passa a ser uma possibilidade real. Conforme o reitor, no mês de agosto houve um repasse de R$ 4 milhões no início do mês e nada mais.

Depois de alimentar a expectativa de que o MEC chamaria para a discussão dos recursos até o final de julho, o que não ocorreu, o reitor espera que haja uma definição sobre o repasse de recursos, tanto para o custeio, quanto para a parte de investimento, até o início de setembro. Burmann e sua assessoria técnica estiveram reunidos com a Sesu/MEC ainda no mês de junho, quando apresentaram, dentro do quadro de cortes, as prioridades para a UFSM. Esse momento, admite o reitor, foi o auge do otimismo quanto à possibilidade de que os cortes pudessem ser minimizados. Diante do fato de que até o momento, não houve resposta positiva em relação ao que foi apresentado, Burmann diz que “não temos mais argumentação para apresentar ao Ministério da Educação. Tudo já é conhecido”.

Expansão e pós-graduação

O reitor também estava muito preocupado com a situação do campus de Cachoeira do Sul, que não possuía recursos para a expansão, e que vem sendo mantido com recurso do orçamento geral da UFSM. Para 2016, o projeto de lei orçamentária não previa até semana passada, qualquer recurso extra para obras no município vizinho. Entretanto, na sexta, conforme Burmann, corroborando informação do pró-reitor de Planejamento, Frank Casado, repassada à assessoria de imprensa da Sedufsm na própria sexta, a Secretaria de Ensino Superior do MEC concordou em incluir uma verba extra para aquela nova unidade da UFSM na lei orçamentária do próximo ano.

No momento de intervenção da plenária, o reitor foi questionado sobre as informações contraditórias em relação aos cortes na pós-graduação. Inicialmente, um documento da Capes enviado às pró-reitorias falava em até 75% de cortes nos recursos dos programas de apoio à pós (Proap), que depois foi negado pela Sesu/MEC, que falou que haveria corte de no máximo 10% no custeio. Após a guerra de versões, na UFSM a adequação (corte) atingiu 41%.

Burmann concordou que realmente houve uma série de informações desencontradas, e que o Ministério chegou a garantir que o corte jamais alcançaria 75%. Entretanto, depois dessa garantia, o que se efetivou, no caso da UFSM, foi um corte de 41% no Proap da UFSM, situação que se mantém até o momento. Para o reitor, o cenário de um corte de quase 50% é preocupante, e que as informações que chegam de Brasília tentam “tranquilizar” a comunidade. A expectativa, dita pelo dirigente da universidade, é de que, talvez a Capes retome em breve a negociação desses recursos…”

PARA LER A ÍNTEGRA, COM TODOS OS OUTROS TEMAS DEBATIDOS, CLIQUE AQUI.

 

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2 Comentários

  1. AO "Traçante"

    Comentário muito bem articulado, agressivo e até cruel. No entanto, NÃO FOI por isso o veto (que o editor abre exceção para explicar). A razão, singela, é que em determinada parte, na antepenúltima frase, faz uma acusação caluniosa que NÃO pode provar. Só por isso. o que é suficiente para um processo que este sítio não tem condições de arcar.

  2. Governo incompetente, dinheiro para o marketing não pode faltar. É pacote de logística com 200 bilhões, 60% financiado pelo BNDES com juros baratinhos. Dinheiro que não existe, não conseguiram economizar 70 bilhões para o superávit.
    Mais recente é "Mais Médicos" com "Pátria Educadora". Em São Paulo 2500 médicos e tinham dito que eram para ir onde os brasileiros não queriam. Mais trocentas mil vagas nos cursos de medicina e mais trocentas mil vagas de residência. Tudo com "currículo novo". Daqui a uns anos, para qualquer gripe, será necessário visitar meia dúzia de portadores de diploma de medicina para encontrar um que saiba receitar Melhoral. PT colocou o "toque de Midas reverso" dele na saúde pra valer.

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