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KISS. O arcebispo, o prefeito e a fiscalização em quaisquer lugares, na palavra de um familiar de vítima

Na coluna que o editor mantém diariamente no jornal A Razão, o colega José Mauro Nascimento Batista, que ocupou interinamente o espaço, escreveu (e bem, diga-se) um texto pra lá de elucidativo, na edição de 27 de julho passado. Ela motivou o envio de material explicativo, por parte de um familiar de vítima da tragédia da Kiss, Paulo Carvalho – que integra também a Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Kiss (AVTSM).

Pelo conteúdo que o José Mauro produziu, e a importância dos esclarecimentos e da opinião de Carvalho, você os lê a seguir:

 “O bispo e o prefeito

Na reportagem publicada no final de semana em A Razão, o arcebispo metropolitano Dom Hélio Adelar Rubert negou veementemente ter conhecimento da notificação da Prefeitura exigindo uma série de documentos referentes à Catedral Metropolitana. O prefeito Cezar Schirmer (PMDB) igualmente negou ser sabedor de tal notificação. O fato é que o próprio prefeito tornou pública a medida durante reunião da AHTURR, em uma noite, em meados de junho.

Conforme confidenciou uma fonte de A Razão, Schirmer contou que teria sido chamado pelo bispo para tratar do assunto e pediu que o caso “ficasse ali dentro”. Obviamente, em uma reunião com cerca de 50 participantes, muito provavelmente uma declaração como essa não ficaria em segredo. Como, de fato, não ficou. O que não se entende são as declarações do bispo e do prefeito afirmando que não sabem de nada. Até porque não foi somente a Igreja Católica o alvo das exigências.

Mais de 20 templos de outras religiões se encontram na mesma situação, muitos deles por serem construções antigas que não estariam em conformidade com a nova legislação estadual de prevenção contra incêndio (a chamada Lei Kiss). Uma última informação: a Prefeitura, conforme outra fonte de A Razão, agiu por determinação do Ministério Público”

PARA LER A ÍNTEGRA, NO ORIGINAL, CLIQUE AQUI

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A PALAVRA DE PAULO CARVALHO

“Depois de ler o artigo “o bispo e o prefeito”  fica claro o absurdo de pessoas que supostamente deveriam ser os primeiros a se informarem, os que deveriam conscientizar a população… é que acabam sendo os primeiros a não saber o que atitudes de acobertamento de falhas (quaisquer que sejam) são prejudiciais à população.

Todo evento, no caso tratado como “quase acidentes”, que é um termo técnico de especialistas de segurança são os iniciadores na base da pirâmide de acidentes que deveriam ser inibidos na base. Essa piramide (na imagem acima) mostra com clareza e fornece dados da sequência que levam a morte e feridos.

imagem doisA piramide original foi fornecida pelos engenheiros de segurança da usina de Angra dos Reis. 

Na base existem centenas de milhares de possibilidades anualmente, o que significa risco de evolução do evento quando não é inibido.

Estou também enviando uma foto do  teto da catedral de Notre Dame (ao lado), Montreal, Canadá, onde o eng Marcelo Olivieri, um dos maiores especialistas em prevenção tirou uma foto com o sprinkler (chuveirinho) no teto. Palavras dele: “essa foto é para o pessoal da ABSpk. Adivinhem o que tem no teto da igreja de Notre Dame de Montreal, com mais de 300 anos e patrimônio mundial? “

Isso é prevenir… o silêncio não previne independente do local. Prevenir vidas e patrimonio cultural. Isso é conscientização.

Estamos muitos passos atrás em prevenção e não serão atitudes de silêncio sobre as condições de qualquer local fechado que essa situação melhorará.”

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