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Quanto pior, melhor! – por Carlos Costabeber

Na última 4ª.feira presenciei uma situação chocante: ao chegar na fábrica da Ford em São Bernardo do Campo, me deparei com o protesto de 1.500 ex-empregados da Mercedes Benz que haviam sido demitidos; pelo correio. Jamais esquecerei aquela cena, vendo toda aquela gente caminhando desorientada, por saber que não conseguirão um novo emprego.

Cito essa triste história para mostrar que os nossos governantes, principalmente o Governo Sartori, estão criando um “ambiente do terror”. É a chamada política do “quanto pior, melhor”, gerando só noticias ruins, para mostrar que não existe outra alternativa além de aumentar a carga tributária. São cenários tão catastróficos que estão levando as pessoas a acreditarem que existe uma estratégia para “apavorar” a população e o Legislativo.

Como pode o outrora altivo Rio Grande, ser o único Estado da Federação a parcelar os salários do funcionalismo? É claro que as contas públicas vem se deteriorando, em razão da incompetência dos gestores públicos ao longo de décadas. Mas será que ninguém viu que medidas duras precisariam ter sido tomadas ainda nos governos anteriores? E por que a sociedade gaúcha ficou passiva por tanto tempo? É inacreditável o que estamos vendo!

Não bastasse a insuportável carga tributária de 40% do PIB, agora querem nos impingir um aumento no ICMS, e a recriação da CPMF, entre outras maldades. Será que ninguém está vendo que essa conta não fecha? Que só vai gerar mais desemprego e recessão? Por que não tentam primeiro corrigir o que está errado? Por que não vender as estatais? Por que não reduzir a gigantesca estrutura administrativa? Por que não acabar com tantos cargos e CCs., com os desperdícios, com a burocracia burra, com o descontrole nos gastos?  Por que não vender as centenas de imóveis em áreas nobres? Por quê? Por quê? Por quê?

É que falta vontade e coragem politica! É muito mais fácil deixar tudo como está, e aumentar a carga de impostos sobre a população. E para conseguir isso a melhor estratégia é  propagar que o Estado e a nação estão quebrados. Para isso, até as paralisações do funcionalismo são consideradas positivas, na tentativa de criar esse clima de “tanto pior, melhor”.

Se os gestores públicos soubessem o quanto é difícil manter uma empresa, com uma carga tributária insuportável, teríamos um outro país. Se tivessem que conviver 24 horas por dia com o risco, e de tomar antidepressivos para aguentar a pressão, iriam cuidar muito melhor da coisa pública. Mas como o dinheiro não é deles… Pobre Rio Grande! Pobre Brasil!

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2 Comentários

  1. Prezado professor: nao sou PMDB, nem simpatizante. mas a bomba estava armada para detonar. aconteceu agora. os governos anteriores, Britto vendeu a telefonia e governou tranquilo, Ieda usou os depósitos judiciais e ainda deixou 4 bilhoes para tarso que usou tudo , deu aumento para Sartori pagar. Sartori assumiu e viu que nao tinha nada para enrolar por 4 anos como os anteriores. a raiz de tudo é o funcionalismo se aposentando com menos de 50 anos ganhando salários acima do teto da previdencia. é uma farra. um dia ia estourar. suas soluções são boas no longo prazo. mas para pagar a folha deste mes , do outro, deste ano e ano que vem? se o senhor estivesse lá, não encontraria outra solução. na sua empresa , diminuir despesas é fácil, é só demitir. mas o estado todos são concursados. o unico jeito é aumentar receita. qual o jeito? ajuda do governo federal ou aumento de impostos. a 1ª hipótese é impossivel, só sobrou a segunda.
    Espero sua apreciação e resposta.

    abraço!

  2. Este é o panorama de quem cuida do dinheiro alheio sem ter nada que o responsabilize, pois o irresponsável é que faz a lei que o deixa imune.

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