DO FEICEBUQUI. Ódio que impede de ler, pertinente pergunta sobre a mídia. E a interessante comparação
O editor tem publicado observações curtas (ou nem tanto) no seu perfil do Feicebuqui que, nem sempre, são objeto de notas aqui no sítio. Então, eventualmente as reproduzirá também para o público daqui. Como são os casos desses textos, que foram postados na rede social nas últimas horas – entre eles os dos amigos Rosane Calil e Michael Di Giacomo. Confira:
O ÓDIO…
…está tão grande que as pessoas não lêem o texto. Detestam o título e já saem lascando bobagens.
Impressionante!!!
IMPRESSÃO…
…minha ou as pizzas “calabresa” são cada vez menos calabresa?
A PERGUNTA…
…(pertinente) da amiga Rosane Calil:
“No dia 12 de novembro um atentado matou 43 pessoas e deixou 180 feridos no Líbano (atentado no shopping center)…No dia 13 de novembro um atentado matou 129 pessoas e deixou mais 100 feridos na França. ..Duas monstruosidades!!! Mas nao posso deixar de perguntar porque só o atentado na França é comentado a cada minuto na TV brasileira? Alguem pode me explicar?”
A COMPARAÇÃO…
…(interessante) do amigo Michael Di Giacomo:
“ROMÊNIA: 29 mortos em incêndio em Boate. Victor Ponta, Primeiro-ministro da Romênia, renúncia. Prefeito e autoridades locais são presos.
PARIS, em 07-jan : 12 mortos, 11 feridos, em ataque terrorista na sede do jornal Charlie Hebdo.
PARIS, em 13-11 : Mais de uma centena de mortos, vitimas de novo ataque terrorista.
HOLLANDE, FRANÇOIS, Presidente da França, em intervalo de menos de 11 meses não consegue proteger seu povo de ataques terroristas, mas segue firme na presidência da nação.”
ENEM não cobra título. De qualquer forma, se ele aparecer, tem que dar uma visão global do texto, apresentar uma síntese. A questão não é "ódio" (tem gente que escreve barbaridades porque acha engraçado), as pessoas não têm mais paciência para ler muitas linhas e muito comum é o texto ter pouco a ver com o título ou até contrariar o mesmo. Sujeito lê algo que julga desagradável e sente-se pessoalmente atingido, quer devolver o "desprazer", quer vingança.
Beirute já foi conhecida como a Paris do Oriente, perdeu a alcunha depois da guerra civil na década de 70. Agora a guerra civil Síria andou "vazando" e facções libanesas são aliadas de grupos sírios diferentes. TV brasileira tem correspondentes em Paris e compra notícias no Oriente Médio. Mandar jornalistas para lá não é simples, seguro não é barato e não é para qualquer um. Globo usava um português nas reportagens uma época.
Primeiro-ministro da Romênia não saiu só por causa do incêndio, estava sendo julgado por corrupção. Usou o sinistro para encobrir o resto dos problemas.
Hollande, o socialista, é o menos popular dirigente da França moderna, chegou a 13% (anda pelos 30%). Só que não tem pedaladas no currículo, contas de campanha questionadas, Lava a Jato, crise econômica e nem crise política. Quando se elegeu não prometeu uma coisa e fez outra, tenta cumprir as 60 propostas que fez durante a campanha. Além disto, não precisou "desconstruir" os adversários. É presidente, não primeiro ministro. Vai acabar fazendo bruxarias na economia e perdendo a próxima eleição.