DO FEICEBUQUI. Entre tantas manifestações, 2 que explicam bem as sensações do nosso 27 de janeiro
O editor tem publicado observações curtas (ou nem tanto) no seu perfil do Feicebuqui que, nem sempre, são objeto de notas aqui no sítio. Então, eventualmente as reproduzirá também para o público daqui. Como são os casos desses textos, que foram postados na rede social nas últimas horas – dos amigos Jaqueline Adams e Athos Ronaldo Miralha da Cunha. O tema de ambos é o mesmo: 27 de janeiro e a cidade. Confira:
Jaqueline Adams
“Minha descrição do dia de hoje: uma cidade quieta para dar volume à voz das famílias.”
Athos Ronaldo Miralha da Cunha
“Muito já foi dito e muito já foi escrito sobre a trágica noite do dia 27.01.2013 em Santa Maria. Não temos mais argumentos para exprimir a tristeza, a dor, a saudade e a ausência.
Passarão anos… e anos. E nós estaremos aqui ou em qualquer lugar do mundo para momentos de reflexão, introspecção e tentar entender o porquê daquele domingo.
Acenamos os lenços… em silêncio. Batemos palmas porque a voz estava embargada. Caminhamos pela praça para esconder a lágrima. Acendemos as velas e numeramos as ausências. Hoje não há mais espaço para a indiferença. O silêncio é mais eloquente e um abraço é multidão solidária.
Não temos mais paciência para a impunidade nem para a omissão.
Santa Maria clama por justiça. Aliás, a palavra que resume esses três anos, de aflição e incertezas, em que ninguém foi punido é justiça.
A dúvida é saber por quanto tempo ainda teremos que aguardar. Quantos 27 de janeiros teremos que aguardar para retirar a palavra justiça das faixas?”
Enquanto as imagem surgia na tela instalada na praça Saldanha marinho e o sino badalava a cada imagem sentiu-se um extremo silencio não sei se por um acaso ou aquela badaladas tocaram os corações de santa Maria pois a cada intervalo não se ouvia sequer as folhas das arvores balançar parecia que tudo estava parado fazendo uma respeitosa reverencia as vitimas!