DO FEICEBUQUI. Luciana Genro, o PSOL e as “linhas auxiliares”. Ah, e nós, jornalistas, seremos direitistas?
O editor tem publicado observações curtas (ou nem tanto) no seu perfil do Feicebuqui que, nem sempre, são objeto de notas aqui no sítio. Então, eventualmente as reproduzirá também para o público daqui. Como são os casos desses textos, que foram postados na rede social nas últimas horas – um deles do colega Mário Marcos de Souza. Confira:
SOBRE “LINHAS AUXILIARES”
Tem coisas que não consigo (deve ser por que, mais que fazer pose, sou mesmo burrinho) entender.
Uma delas é a afirmação da aguerrida Luciana Genro, que, ao longo desta semana, criticou a direção nacional de seu partido, o PSOL, por sua (dela) defesa das eleições gerais, sem nada falar do impeachment.
Diz a santa-mariense (para quem ainda não sabe, ela nasceu na boca do monte e aqui ficou um punhado de tempo) que “não quer ser linha auxiliar do PT”.
Até aí, entendo. O problema é o desdobramento. Isto é, gostando ou não, o tamanho (político, por favor) dela a torna também “linha auxiliar”. De quem?
SEREMOS TODOS…
…(ou boa parte de nós) direitistas? Interessante, oportuna e (também) correta a avaliação do colega Mário Marcos de Souza?
“Sempre que termino de ler um jornal, ouvir um programa de rádio ou assistir a um de TV nestes dias de Brasil dividido lembro de uma frase dita por um jornalista em uma palestra: “Estou impressionado com o número de colegas que deixou o armário e assumiu um lugar na direita. E não é uma simples adesão. É uma adesão entusiasmada, com posiçōes mais conservadoras do que as dos patrōes”.
ME ESCLAREÇAM, POR FAVOR!
(já que não vejo, faz uns 15 anos, o Jornal Nacional)
É verdade que a pesquisa Datafolha não foi noticiada, ao contrário de todas as outras anteriores?
Em caso positivo, alguém é capaz de me dizer a razão?
Luciana Genro que o PSOL terceira via. Só que Marina já ocupou o espaço. E o PSOL vestiu a carapuça de linha auxiliar. Basta ver o estatuto do partido: “O Partido SOCIALISMO E LIBERDADE desenvolverá ações com o objetivo de organizar e construir…necessidade histórica da construção de uma sociedade socialista…”.
Questão não é esquerda-direita (dicotomia discutível). O busílis é o atraso. São democratas, mas os colegas não deveriam “assumir um lugar na direita”; “posições mais conservadoras que os patrões”? Luta de classes. As palavras mudam, mas as idéias são do final do século XIX.