É ESPORTE. O pique de Maria Portela rumo ao Rio. E ainda o hexa colorado, o Rugby e outro cavaleiro se foi
Por RAMIRO GUIMARÃES
Depois do hexa
Não há nenhum reparo a ser feito no título gaúcho conquistado pelo Inter, domingo, com uma goleada por 3 a 0 sobre o Juventude (4 a 0 no placar agregado), no Estádio Beira-Rio. Foi o 45º campeonato estadual do Colorado, o sexto em sequência, o que só confirma a superioridade (seja por ter mais qualidade ou apenas por ser mais eficiente) em relação ao seu rival, o Grêmio. Desde 2011, o Clube do Povo tem ido bem no primeiro semestre, mas não tem conseguido confirmar a expectativa na segunda metade do ano, quando a bola começa a rolar pelo Brasileirão. E essa queda de rendimento pode ser comprovada por um dado bem curioso.
O Inter faturou o hexa do Gauchão com seis técnicos diferentes. Alguns que a torcida colorada nem deve lembrar direito… Os professores campeões, pela ordem, foram: Falcão, Dorival Júnior, Dunga, Abel Braga, Diego Aguirre e, agora, Argel Fucks. E nenhum deles sobreviveu ao Brasileirão para começar a temporada do ano seguinte. Ok, Abel Braga saiu por conta de um desacerto com Vitorio Piffero, mas a ideia de descontinuidade prevalece.
E este é o desafio do Inter depois de levantar a taça estadual pela sexta vez consecutiva: dar sequência ao trabalho. Mesmo que Argel não seja o melhor técnico do Brasil e o elenco precise de reforços urgentemente. O fato é que o Inter, ao menos, já produziu algo até aqui. Afinal, se vencer o Gauchão não empolga, o que dizer de quem nem isso conseguiu, né!?
Portela no pique
Ainda falta a confirmação da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), que só sai em 1º de junho, mas Maria Portela já está com os dois pés no tatame olímpico. No sábado, a judoca santa-mariense/castilhense subiu no pódio e colocou no peito a medalha de prata do Grand Slam de Baku, no Azerbaijão. Portela atropelou as suas adversárias até chegar à final, quando parou na espanhola Maria Bernabeu.
Mesmo assim, o resultado garantiu à Raçudinha dos Pampas mais 300 pontos no ranking da Federação Internacional de Judô, a IJF, e, agora, ela ingressa no TOP 15 mundial na categoria feminina até 70kg. Maria Portela está muito, mas muito à frente de Bárbara Timo, sua concorrente à vaga no time que representará o Brasil no Rio de Janeiro, que está na 48ª colocação no ranking da IJF.
Mas o mais importante é que, nesta reta final de preparação, a judoca gaúcha está mostrando que está embalada para a sua segunda Olimpíada. Os próximos compromissos dela, ainda em maio, serão o Grand Slam do Cazaquistão, de 13 a 15, e o World Masters de Guadalajara, no México, entre os dias 27 e 29 deste mês.
Aniversário com vitória
O Universitário Rugby Santa Maria comemorou o seu aniversário de sete anos no último domingo da melhor maneira possível: em campo e com vitória. O time azul e preto recebeu o Rugby Club Chuy, de Chuí, e venceu por 85 no Centro de Eventos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). O Universitário já estava classificado para a próxima etapa do Campeonato Gaúcho de Rugby – Segunda Divisão e, com mais uma vitória, a quinta em cinco jogos, assegurou a melhor campanha da competição.
Que belo presente, hein!? Agora, irá encarar a fase eliminatória. A equipe santa-mariense enfrenta o Planalto Rugby Clube, de Passo Fundo, dia 22 de maio, na etapa de semifinal. E, pelo que fez até aqui, é franca favorita para avançar rumo ao acesso. Em 2015, o Universitário Rugby Santa Maria só não subiu por causa de um equívoco no regulamento. Em 2016, se fizer a sua parte dentro de campo, não tem vacilo, não…
De Floripa para…
Aos 36 anos, Rafael Kaipper está de casa nova. Depois de alguns anos superando obstáculos, dentro e fora das pistas, e empilhando títulos estaduais e nacionais representando Santa Maria, o cavaleiro partiu para Florianópolis-SC. Lá, na capital catarinense, Kaipper chegou ao Centro das Palmeiras (CEHIPA) com status de reforço e, em pouco mais de um mês, já competiu e faturou medalhas em três concursos de saltos.
Além da estrutura que terá à disposição na nova sede, o cavaleiro criado em Santa Maria também terá a seu favor o fato de estar mais próximo de outros importantes centros hípicos, como São Paulo e Paraná. Assim, ficará mais fácil participar regularmente de disputas nacionais e, quem sabe, alçar voos mais altos.
Exatamente como fez outro cavaleiro que trocou Santa Maria por Florianópolis há alguns anos. Eduardo Menezes, que integrou a Seleção Brasileira no Pan-Americano de Toronto (e deve repetir a dose nas Olimpíadas do Rio de Janeiro) cumpriu esse mesmo itinerário antes de decolar para os Estados Unidos. A primeira parte do caminho Rafael Kaipper já percorreu. Agora, falta repetir o grande salto, de Floripa para o mundo.
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