DO FEICEBUQUI. A Olimpíada e os coiós. E a tal de democracia que faz uns e outros terem de se aquietar
O editor tem publicado observações curtas (ou nem tanto) no seu perfil do Feicebuqui que, nem sempre, são objeto de notas aqui no sítio. Então, eventualmente as reproduzirá também para o público daqui. Como são os casos desses textos, que foram postados na rede social nas últimas horas – um deles do colega Fritz R. Nunes. Confira:
E EU, AQUI, SEM…
…nada mais interessante para pensar, fico a imaginar: o que seria da Olimpíada, não fosse a ação do governo provisório, que tirou do ar os nossos (tá pensando o quê, nossos) “terroristas” islâmicos. Inclusive aquele coió que mora perto de Pelotas.
A CAMPANHA…
…(que não existirá, para alguns) e a democracia, numa bem colocada posição de Fritz Rivail:
“BRINCAR DE DEMOCRACIA POLÍTICA
Quer dizer que, num período já reduzido de campanha política, vamos ter programas eleitorais de 10 minutos, sendo que alguns partidos, com candidatos a prefeito, vão ter entre 7 e 12 segundos para “apresentar” suas propostas?
E ainda, que os candidatos a vereador não terão espaço no horário convencional da propaganda na mídia, mas apenas em inserções ao longo do dia no rádio e na TV?
Vem cá: a quem querem convencer que temos regras sérias para uma campanha eleitoral?
Diante da crise ‘na’ e ‘da’ política, a saída deveria ser mais espaços para debate político, e não esconder a política.”
LEMBRANÇA E INVENÇÃO
Certa feita, na campanha eleitoral de 1989, um querido repórter d’A Razão, hoje em posição de destaque na imprensa gaúcha, provocado pelos colegas, disse algo que JAMAIS esqueci:
“Eu não preciso inventar nada para f. quem quer que seja (a expressão era outra, mas não quero identificar o amigo). Basta relatar”.
Lembrei isso, de novo, olhando alguns fatos políticos recentes na comuna. E de como ser jornalista é, não raro, apenas relatar. O resto é o resto. O que pode ser muito e até criar um punhado de problemas. Sem que o profissional precise, por exemplo, opinar.
Qual é o número de partidos hoje? Absurdos 35 (segundo o TSE). Muitos dos atuais partidos não têm nem quadros competentes suficientes para formar no mínimo um ministério decente. Isso não é democracia, isso é esquizofrenia.
Com certeza não temos regras sérias para a campanha eleitoral, mas o problema é anterior a isso, é consequência de uma legislação política esquizofrênica que permite que se fome dezenas de partidos sem representação significativa, esdrúxula ou inexistente.
Qualquer um pode formar um partido nanico. Querem o que os nanicos? O mesmo tempo de propaganda eleitoral entre todos? É um atentado à racionalidade.
E tem mais: “pequenos partidos, grandes negócios. Que partidos políticos podem ganhar fortunas por baixo dos panos, todo mundo sabe. Mas existe uma peculiaridade brasileira: o partido-empresa, que só serve como balcão de negócios.”
Que se faça uma reforma política decente.
Ninguém mais lembra dos “terroristas”. Depois do circo montado em torno dos nadadores para abafar tudo o que deu errado então, nem se fala. Denunciação caluniosa é crime que resulta em meia dúzia de cestas básicas. Dos quatro envolvidos, um fugiu e outro pagou multa, bastante salgada por sinal. Os outros dois que não tinham ido na delegacia prestar queixa foram retirados do avião e tiveram passaporte retido. Detalhe: foram ouvidos como testemunhas. Parece que o judiciário também quer seu tempo no picadeiro, ainda tem gente querendo aparecer. Bom para mostrar como trabalha a rede Bobo.