Claudemir PereiraInternet

DO FEICEBUQUI. TV aberta sem jornalismo, senador Prestes, a “opinião formada” e o retrocesso na Lei Kiss

selo feicebuquiDesta vez, nenhum comentário deste editor. Todos colhidos na rede social. Curiosamente, três são de jornalistas: Carlos André Dominguez, Hélio Schuch e André Pereira. E um de magistrado, hoje aposentado, Paulo Caetano. Todos amigos deste escriba. E que escreveram coisas, no entender do editor, de fundamento. Acompanhe:

CADÊ O…

…jornalismo na TV aberta, pergunta (e responde) o professor Cadré Dominguez:

“A não transmissão AO VIVO, do julgamento de uma presidente da República liquida de uma vez por todas a farsa de que se produz jornalismo na TV aberta do Brasil. Não produz. É tudo fantasia. Não há jornalismo na TV aberta brasileira.”

UM CURIOSO…

…e, cá entre nós, risível episódio no Senado de idos anos, capturado pelo professor Hélio Ademar Schuch:

Da série “Quem estuda sabe”. E vale para inúmeras e várias situações.

Em seu primeiro discurso como senador pelo Partido Comunista Brasileiro, Luís Carlos Prestes falava sobre a necessidade da reforma agrária. Falava e falava. Se mexia, suava, e falava. Aí um senador de outro partido pediu um aparte: “Até entendo, senador, sua ênfase pela reforma agrária, mas o senhor não percebe que todos aqui são latifundiários?”

SOBRE A…

…tal de “opinião formada”, o que escreve Paulo Afonso Caetano?

OPINIÃO FORMADA. É difícil mostrar para a pessoa de opinião formada que ela pode estar enganada. Especialmente quando tem opinião formada pelas cabeças dos outros. Precisa de senha para pensar. Mas a senha está com os donos das ideias, e eles não querem que pense.”

O REBOTALHO…

…em que se transformou a “Lei Kiss”, na avaliação do colega André Simas Pereira, que viu tudo muito de perto, na Assembleia Legislativa em que atua:

“…Em tempos de atraso, golpe e retrocesso, nem a Lei Kiss escapou.

Agora à tarde, na Assembleia do RS, com um único voto contrário de Pedro Ruas, a abstenção da bancada do PT e o solitário alerta de Adão Villaverde acerca do caminho equivocado e temerário escolhido pela maioria dos parlamentares, a legislação atualizada após a tragédica de Santa Maria foi jogada no lixo.

Graças a 39 deputados estaduais, a Lei Kiss, que era modelo para outros estados, virou uma colcha de remendos legislativos incluidos pelo governo Sartori com a ajuda de parlamentares provavelmente ligados à construção imobiliária que considerava a lei rigorosa demais em suas exigências de priorizar a preservação de vidas acima do valor dos metros quadrados de imóveis.

Se eu tivesse algum alcance institucional pediria sentidas desculpas aos pais e mães das vitimas e aos sobreviventes da triste tragédia de 27 de janeiro de 2013 que inspirou tantas lágrimas de crocodilo derramadas com cinismo midiático nos veículos de comunicação, nas câmaras, assembleias e palácios executivos.

Como se vê, era tudo mera encenação, que arrasa todos nós que ainda acreditamos nas boas e sinceras intenções do ser humano.”

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Um Comentário

  1. A não transmissão do julgamento ao vivo na tv aberta não ocorre porque simplesmente a grande maioria não está interessada. Quem se interessa pelo assunto é a minoria da minoria. Pessoal da antiga ainda não se acostumou com o “merece ser noticiado, mas não tem a menor chance de chamar atenção”. Nos lugares mais adiantados, a versão online de um jornal é monitorada em tempo real. As reportagens mais acessadas recebem tratamento mais detalhado na versão impressa. Não é mais o jornalista que escolhe o que vai ser visto, é o espectador que escolhe o que vai ver, existem muitas opções.
    Luiz Carlos Prestes era muito bom em matemática, mas não era muito esperto. Muito do que dizem dele hoje em dia não passa de mitologia. Quando estavam para cancelar o registro do Partidão na década de 40 perguntaram para ele numa quebra-queixo, montes de jornalistasm em volta: “em caso de guerra do Brasil com a União Soviética, o senhor fica do lado do Brasil ou dos ‘russos’?” Resposta: “Fico do lado da União Soviética!”
    Opinião formada e o raciocínio circular. A “razão” pode estar dos dois lados, ao menos parcialmente. Ou de um lado só. Mas quem arbitra isto? Militantes da esquerda acham que invariavelmente estão sempre certos. Bem dizem que ideologia é a cristalização das idéias.

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