Claudemir PereiraInternet

DO FEICEBUQUI. Impeachment consumado de Dilma em três textinhos: memória, tragédia e farsa e golpe

selo feicebuqui menorAlém do texto inicial, um pouste do editor, foram pinçados dois outros textos publicados no Feicebuqui: do amigo Athos Miralha da Cunha e do jornalista Mario Marcos de Souza. Confira:

COISA DE QUEM…

…tem mais tempo de rodagem: há 24 anos, a população estava nas ruas comemorando um impeachment. Já, hoje…

Isso deverá significar alguma coisa. Ou não?

Após o final da votação, pelo Senado, Dilma Rousseff (que vai morar de novo em Porto Alegre) falou que a “luta continua” (foto José Cruz/ABr)
Após o final da votação, pelo Senado, Dilma Rousseff (que vai morar de novo em Porto Alegre) falou que a “luta continua” (foto José Cruz/ABr)

A HISTÓRIA…

…que se repete, a tragédia e a farsa, como escreve Athos Ronaldo Miralha da Cunha:

“O trágico e a farsa

Como se caracteriza uma farsa? A traição. A cor do lenço. Um mate mal cevado. A indiferença. O velho fio-de-bigode pode ser uma farsa nesses tempos atuais?

Um aperto de mão pode ser uma farsa? Pode. Um tapinha nas costas sempre é uma farsa. 

A morte de uma pessoa querida? É uma tragédia. Farsa seria a morte da autoestima provocada por um inescrupuloso. 

Um recém nascido pode ser uma farsa? Aí depende: um governo, sim. Uma criança, não. Tragédia é um governo corrupto. Tragédia é a morte de uma criança. 

Qual o limite entre a farsa e o trágico?

Hegel afirmou que “a história se repete por duas vezes” e Karl Marx complementou com “a primeira como tragédia e a segunda como farsa”. No campo histórico é possível analisar a premissa dos velhotes. Mas no campo pessoal a farsa toma ares de traição e hipocrisia. Ou podemos botar a culpa no destino?

É possível que a culpada seja a constituição. Ou a nossa imatura democracia. 

O limite entre a tragédia e a farsa é a crise de nossa representatividade e o padrão de nossos representantes.”

E UM SELO…

…que pegou para sempre, como mostra Mário Marcos de Souza:

“Um consolo pelo menos: o selo de golpistas grudou e passou a incomodar. Em cada entrevista, como a da senadora gaúcha há pouco, lá vem a defesa do processo, insistindo por que não há golpe, tudo discurso vazio. Vai ser um selo para sempre.”

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Um Comentário

  1. Comemoração naquela época pode até ter sido maior, Collor estava sozinho. Desta vez também aconteceram comemorações em diversos lugares. Vide foto no jornal britânico:
    https://www.theguardian.com/news/gallery/2016/sep/01/best-photographs-of-the-day-an-inflatable-ex-president-meerkat-pups

    Filosofia não se resume a Hegel, ou ao jovem hegeliano Marx. Entre muitos dá para citar Croce e Vico. A história se repete, mas quando isto acontece a consciência mudou e os fatos são encarados de outra maneira. Quem quiser ler algo além da cartilha tem permissão, o partido não precisa ficar sabendo.

    Selo de golpista incomodou? Viva o golpe!

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