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KISS. Testemunha de acusação vai depor em processo por calúnia e difamação contra o pai de uma vítima

Paulo Carvalho, pai de rapaz que morreu na Kiss: críticas contidas em dois artigos ofenderam Promotores. É processado por isso
Paulo Carvalho, pai de rapaz que morreu na Kiss: críticas contidas em dois artigos ofenderam Promotores. É processado por isso

Por LUIZ ROESE (com foto de Arquivo Pessoal), especial para o Site

Nesta quinta-feira (29), será realizada uma audiência do processo em que o pai de vítima da tragédia da Boate Kiss Paulo Carvalho responde a  processo por calúnia e difamação, em ação ingressada pelos promotores Joel Dutra e Maurício Trevisan.

Paulo Carvalho é pai de Rafael Paulo Nunes de Carvalho, que morreu aos 32 anos na tragédia. Ele é diretor jurídico da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) e mora em Santo André (SP). As acusações têm por base dois artigos de Paulo Carvalho publicados no jornal Diário de Santa Maria e uma publicação feita em seu Facebook, com críticas à atuação dos promotores no caso.

Em uma das publicações no jornal, Carvalho critica o fato de o promotor Joel Dutra ter pedido a absolvição de cinco bombeiros no processo criminal. Dois desses bombeiros foram indiciados no inquérito policial porque teriam dado falso testemunho em depoimento, ao afirmar que não havia os guarda-corpos durante a vistoria feita na boate em 2011. Isso foi contestado pelo serralheiro que fez a obra.

Neste processo, Paulo Carvalho é defendido pelo advogado Pedro Barcellos Jr, de Santa Maria. O depoimento dele está marcado para 24 de novembro.  A ação corre na 3ª Vara Criminal de Santa Maria.

Em outro processo, o presidente da AVTSM, Sérgio da Silva, e o vice-presidente da AVTSM e presidente do Movimento Santa Maria do Luto à Luta, Flávio José da Silva, são acusados de calúnia pelo promotor Ricardo Lozza.

Na audiência desta quinta-feira (29), irá depor o presidente da Associação do Ministério Público do Rio Grande do Sul (AMP/RS), Sérgio Hianes Harris. Ele foi chamado pela acusação.  O depoimento ocorrerá às 14h30, na sala de audiências da Direção do Fórum Central de Porto Alegre (Prédio II), na Rua Manoelito de Ornelas, 50, 23º andar, sala 2.307.

Harris era vice-presidente da AMP/RS quando pediu, em 2015, uma reunião com membros da AVTSM, para  trocar informações. O encontro ocorreu no dia 5 de maio de 2015, na sede da AVTSM, na antiga reitoria. Para Harris e dois diretores da AMP/RS que o acompanhavam, foram entregues documentos em que eram mostrados erros e interpretações equivocadas de promotores. A AMP/RS não deu qualquer retorno a respeito.

Três dias depois da reunião, Sergio Harris publicou artigo no jornal Diário de Santa Maria com críticas a alguns familiares.

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