KISS. Confirmado para esta quinta depoimento de pai de vítima, processado por dois Promotores de Justiça

Por LUIZ ROESE, com foto de Arquivo Pessoal, Especial para o Site

Paulo Carvalho, pai de vítima da tragédia da Boate Kiss, depõe nesta quinta-feira (24) à tarde, em Santa Maria. Ele é réu de um processo por calúnia e difamação, em ação ingressada pelos promotores de Justiça Joel Dutra e Maurício Trevisan, de Santa Maria.

A audiência está marcada para começar às 14h e deve ocorrer na 3ª Vara Criminal de Santa Maria, mas o juiz Fábio Welter ainda estuda a possibilidade de ela ser realizada na sala de audiências da Vara de Execuções Criminais (VEC), que dispõe de mais espaço.  Ambas ficam localizadas no terceiro andar do Fórum de Santa Maria (Alameda Buenos Aires, 201).

Também estão programados para esta quinta-feira depoimentos de testemunhas de defesa. Devem falar o delegado regional da Polícia Civil, Sandro Meinerz, o policial civil Gustavo Adolfo Schirmer Junior, a advogada Tâmara Biolo Soares, o deputado federal Pompeo de Mattos e três pais de vítimas da tragédia da Kiss: o presidente da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), Sérgio da Silva, o vice-presidente da AVTSM, Flávio José da Silva, e Carina Corrêa. O depoimento do réu Paulo Carvalho deve ser o último da audiência.

Já depôs em Porto Alegre, no dia 29 de setembro, como testemunha de acusação, o presidente da Associação do Ministério Público do RS (AMP/RS), Sérgio Hianes Harris.

O réu, Paulo Carvalho, é pai de Rafael Paulo Nunes de Carvalho, que morreu aos 32 anos na tragédia. Ele é diretor jurídico da AVTSM e mora em Santo André (SP). Paulo Carvalho é defendido pelo advogado Pedro Barcellos Jr.

As acusações têm por base dois artigos de Paulo Carvalho publicados em jornal de Santa Maria e uma publicação feita em seu Facebook, com críticas à atuação dos promotores no caso.

Em uma das publicações no jornal, Carvalho critica o fato de o promotor Joel Dutra ter pedido a absolvição de cinco bombeiros no processo criminal. Dois desses bombeiros foram indiciados no inquérito policial porque teriam dado falso testemunho em depoimento, ao afirmar que não havia os guarda-corpos durante a vistoria feita na boate em 2011. Isso foi contestado pelo serralheiro que fez a obra.

Em outro processo, o presidente da AVTSM, Sérgio da Silva, e o vice-presidente da AVTSM, Flávio José da Silva, são acusados de calúnia pelo promotor Ricardo Lozza, de Santa Maria.

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