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UM OLHAR. Uma reflexão sobre o que acontece hoje, na UFSM – por um professor das antigas, na instituição

Centro de Ciências Naturais e Exatas (CCNE), um dos vários prédios ocupados no campus, em foto de segunda-feira (do Feicebuqui)
Centro de Ciências Naturais e Exatas (CCNE), um dos vários prédios ocupados no campus, em foto de segunda-feira (do Feicebuqui)

Um dos mais respeitados professores da UFSM, onde desempenhou as mais variadas funções, Ronai Pires da Rocha tem um blogue (“Coisas do Campo”), no qual expõe pensamentos, por textos e fotos. É de lá o material a seguir. Uma importante reflexão. Ainda que se possa (ou talvez se deva) discordar ou concordar, vale conferir. Ah, o tema é o processo de ocupações de prédios na instituição, em protesto contra a PEC 55, a limitadora dos gastos públicos brasileiros. Acompanhe:

Uma foto, “en passant” 

Procurei em diversos lugares do Facebook por uma foto recente, na qual apareciam o reitor da universidade e três assessores; eles visitavam um prédio ocupado por estudantes. Não consegui encontrá-la e assim a descrevo na forma como me lembro. Ou seria na forma como ela me impactou? Ela foi tomada de baixo para cima e as quatro autoridades, ao sol, representavam estar em silêncio, algumas com a mão no queixo, na posição de quem está pensando gravemente. A força da foto parece vir do fato que as autoridades não gesticulam, elas estão paradas, olhando para um lado, para o chão, para alguma parede, e não estão, definitivamente, em situação de diálogo. Parece que ali não havia muito a dizer, apenas estar ali, em uma atitude intermediária entre o testemunho, a simples constatação, um fio de solidariedade, quem sabe, pois as autoridades deram-se ao trabalho de deslocarem-se de seus lugares de trabalho para vir ao sol, na porta de um prédio ocupado. Ali encontraram a ocupação e mostram algum sentimento, que cabe ao espectador descobrir qual seria. A legenda dizia que as autoridades estavam ali para prestar solidariedade à ocupação, mas a gente não fica necessariamente convencida disso. Eles mais parecem perplexos, sem saber ou ter muito o que fazer.

Na foto, os estudantes não estão em destaque. Eles parecem estar sentados, olhando para os representantes da reitoria, como se estivem prontos para uma longa espera. Eles esperam ouvir as as autoridades, o que elas tem para dizer, esperam que o protesto tenha algum efeito, esperam que o tempo faça algum trabalho, ajudado pelos sentimentos que nutrem de estar fazendo algo pelo futuro.
O olhar se volta mais uma vez para as autoridades e tenta adivinhar o que elas estão pensando. Parece sensato pensar que, seja o que for, eles reconhecem, pela atitude de pensadores preocupados, que as dificuldades são importantes.

De um lado, os reitores das federais não esconderam a desconformidade com os horizontes previstos na PEC55 e assim não podem desautorizar os sentimentos de quem protesta; esses sentimentos são, essencialmente, de “repúdio” às mudanças constitucionais que mudarão as regras orçamentárias que tem sustentando, entre outras instituições, as universidades federais. Os reitores…”

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