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É TRISTE. A dificuldade pra lá de real de mulheres vítimas de assédios serem ouvidas, no seu trabalho

Protesto na USP pela violência contra a mulher: “Mexeu com uma, mexeu com todas”, haschtag principal. “Chega de assédio” é outra

Por FERNANDA CANOFRE, no jornal eletrônico SUL21, com foto de GEORGE CAMPOS/USP Imagens

Depois que a figurinista da Rede Globo Su Tonani denunciou o ator José Mayer por assédio sexual, em um blog feminista, as redes sociais do país se encheram com manifestações nas hashtags #mexeucomumamexeucomtodas e #chegadeassédio. O ator, que a princípio havia negado o episódio relatado por ela, acabou assumindo e se desculpando. A Rede Globo o afastou de outras novelas e ainda se posicionou em defesa da vítima. Mas nem sempre esse é o desfecho para a maioria das mulheres que tentam denunciar episódios de assédio no ambiente de trabalho.

A reação ao relato da figurinista da maior emissora de televisão do Brasil, fez com que Raquel Furtado, de 34 anos, trouxesse a tona sua história. No Facebook, Raquel, que é funcionária há dois anos e meio do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), em Porto Alegre, disse que “acordou com uma vontade imensa de ser Susllen Tonani e funcionária da Rede Globo. Mas sou só a Raquel, funcionária do Hospital Conceição”. O relato dela já tem 2,6 mil curtidas e cerca de 1,3 mil compartilhamentos, desde o dia 05 de abril.

Raquel foi vítima de assédio dentro do hospital, em janeiro do ano passado. Ela conta que estava trabalhando na limpeza do corredor que dá acesso interno à emergência do Conceição, quando um médico, mais velho, passou e encostou a mão na bunda dela. “Quando ele passou a mão, eu achei que fosse um esbarrão. Eu fiquei confusa num primeiro momento. Aí ele retornou, esfregou metade do corpo dele, ele é bem alto e eu sou baixinha, e deixou a mão pra trás e apertou. Aí eu percebi: acho que não foi sem querer, acho que foi de verdade”, conta ela.

Na hora, ela diz ter ficado sem saber o que fazer. Quando o médico passou de novo pelo local, ela o enfrentou. Ele negou que o toque fosse proposital e tentou se desculpar. Mas depois do “apertão”, Raquel sabia que não havia sido um acidente. Uma supervisora também a procurou, depois de dizer “que não sabia o que iriam fazer”, a mesma mulher ainda teria dito rindo: “eu e a [fulana] estávamos conversando, eu disse pra ela, se fosse a minha bunda ninguém ia passar a mão, mas olha o tamanho da tua bunda, Raquel!”.

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