DO FEICEBUQUI. A raposa e as uvas (ou Meirelles na presidência) e a dificuldade para usar espaço PÚBLICO
O editor tem publicado observações curtas (ou nem tanto) no seu perfil do Feicebuqui que, nem sempre, são objeto de notas aqui no sítio. Então, eventualmente as reproduzirá também para o público daqui. Como são os casos desses textos, que foram postados na rede social nas últimas horas – um deles do parceiro Atílio Alencar. Confira:
COMO ASSIM?
(Henrique) Meirelles, o presidente indireto?
Não seria o mesmo que acabar com o intermediário, na medida em que o dito cujo foi justamente o presidente da JBS (na fotomontagem acima)?
Não há, mesmo, limites para a ironia, nesse Brasil varonil e sem qualquer traço de vergonha aparente.
OS EMBARAÇOS…
…para a ocupação de espaço público em Santa Maria, na odisseia enfrentada (e contada) na sexta-feira, pelo Atílio Alencar:
“Acabo de retornar de mais uma breve jornada de embaraços em busca de uma autorização de uso de espaço público em Santa Maria.
Sobe escadas, desce escadas, pergunta pelo fulano, ciclano não sabe, beltrano grita lá do fundo que fulano não vem hoje (é sexta-feira, ninguém vem hoje), ciclano decide que, sendo assim, ele mesmo assume: o que era pro senhor, posso ajudar, vamos ver se a gente consegue desenrolar essa bronca.
Estendo a mão com o papel. Um pedido simples, data e hora e local, assinado à mão, Deus por testemunha, Ele é maior, o pai-de-todos-os-funcionários-públicos-e-comissionados.
Tudo muito bem, tudo muito certo. Esboço um sorriso, hoje é o meu dia de sorte.
Mas acontece que agora pra liberar o uso de espaços públicos, a Prefeitura de Santa Maria resolveu que a gente precisa pagar uma taxa pelo protocolo.
Vinte e cinco reais com oitenta e três centavos.
Para. Solicitar. O. Uso. De. Espaços. Públicos.
Eu, que não tinha vintém no bolso, voltei cabisbaixo ladeira acima.
Segunda-feira recomeço minha sina de Sísifo, rolando papeis a peso de pedra e tempo morto.
Pela gentileza dos funcionários, agradeço (sem ironia).
Para o senhor prefeito: não cutuca os marimbondos, que o ferrão é a cortesia do rancor.”
A raposa e as uvas é mais ou menos como Lula/Dilma e o BNDES.
Quanto a Odisseia, menos mal que é em SM. Já vi gente viajando 50 Km para ir numa cidade do interior para carimbar um papel e deu com o burro na porta da repartição. “Só o fulano pode carimbar e ele não veio hoje”.