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Eleições 2008. Algumas dúvidas e uma grande incógnita: que caminho vai percorrer o PPS?

O lançamento da Frente Popular Trabalhista, neste sábado, é o primeiro grande lance público visando a eleição de 2008, como escrevi aqui, na madrugada passada. Ainda mais se, como relata a colega Jaqueline Silveira, na edição deste final de semana do jornal Diário de Santa Maria, estiver acertada a participação do PTB na administração municipal, inclusive com a conquista da secretaria de Assistência Social (veja a sugestão de leitura, no final deste texto).

 

Enfim, o PT, como comandante da coalizão, terá que resolver apenas dois problemas. Nenhum pequeno, aliás, mas de qualquer forma menores provavelmente do que os de seus adversários. Um é quem será o candidato a prefeito. Provavelmente será mesmo Paulo Pimenta, que já teria o apoio de Fabiano Pereira, e tem boa relação com o chamado “Coletivo Força Cidadã”, o ex-“grupo do Valdeci”. O outro é a ampliação da FPT, com a adesão, tentada e ainda não obtida, de PR e PP.

 

Mas esse também é objetivo do PMDB, de Cezar Schirmer, e do PP de José Farret – que ainda sonha com uma nova candidatura ao Executivo, razão por que ainda não declarou nada a respeito de 2008. E é, igualmente, do PSDB – que imagina ser possível ser protagonista no pleito do próximo ano, na pior das hipóteses em muito melhor condição do que em 2004, quando foi vice de Farret, através do então presidente da sigla, Ricardo Jobim.

 

Enfim, parecem estar no campo oposicionista as maiores dificuldades. Inclusive porque, embora Schirmer seja o candidato óbvio, não há exatamente muita convicção em apoiá-lo por parte de outras siglas. Há os que desconfiam, mesmo, que ele não seja o nome ideal para apoiar. Menos por suas qualidades, que são óbvias, e mais porque há quem entenda que o tempo dele passou. E seria hora de apostar em nomes novos para tentar bater o petismo e seus aliados. Quem seria esse nome? Ninguém sabe. Por isso, Schirmer se mantém como o favorito, aliás favoritaço, a ser o ponta de lança da oposição.

 

E é exatamente aí que entra o que escrevi lá no título desta nota. Que caminho vai percorrer o PPS, que de obscuro (por limitado eleitoralmente, não por outra razão; que ninguém faça ilação equivocada) coadjuvante da política local, pretende passar à condição de protagonista. E tem quadros dirigentes conhecidos, oriundos do PDT e do PMDB, sobretudo, capazes de, no mínimo, travar um bom debate em torno de idéias para Santa Maria.

 

Não se sabe se tem votos, porque nunca disputou. E mesmo seus militantes mais graduados, poucos, a exceção de Danier Avello, chegaram a ser testados e aprovados nas urnas. Mas há Luiz Celso Giacomini, ex-PMDB (do qual foi até presidente). E ele é o nome a ser lançado como capital humano relevante em 2008.

 

Detalhe: com a porta fechada à Frente Popular Trabalhista (os ex-pedetistas ficam com urticária só de ouvir falar) e a indisposição para aderir a Schirmer (aí é Giacomini que fica alérgico ao menor toque), que fará o PPS? Hein? Essa é, para este (nem sempre) humilde jornalista, a grande incógnita para o confronto eleitoral de 2008. Talvez a única, na verdade.

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui a reportagem “Campanha 2008 esquenta nos bastidores”, de Jaqueline Silveira, publicada na edição deste final de semana do Diário de Santa Maria.

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