CIDADE. Contra Reforma da Previdência, sindicalistas protestam nas ruas e também comparecem à Câmara
Por MAIQUEL ROSAURO (texto e fotos), da Equipe do Site
A Reforma da Previdência voltou a ser tema de protestos em Santa Maria. No fim da tarde dessa terça-feira (6), manifestantes ligados, sobretudo, a sindicatos e ao movimento estudantil participaram de um ato na Praça Saldanha Marinho seguido de passeata pelas ruas centrais da cidade.
A Greve Geral planejada para terça havia sido cancelada pelas centrais sindicais na semana passada. Mesmo assim, o ato foi mantido em Santa Maria.
“Ocorreu um ruído de comunicação. A Greve Geral é estratégica e serve como movimento de resistência. Se a proposta for votada no congresso, na próxima semana, iremos paralisar”, prevê o dirigente da CUT Regional Centro, Eloiz Guimarães.
O ato dessa terça reuniu dirigentes sindicais ligados ao CPERS/Sindicato, Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Região, Atens, Assufsm, Sedufsm, Sindicato dos Metalúrgicos, Sindicaixa, Sintrajufe, entre outros. Também foram vistas bandeiras do DCE da UFSM, PCdoB, CUT e CSP.
De acordo com diretor geral do 2º Núcleo, Rafael Torres, a Reforma da Previdência é prejudicial aos trabalhadores.
“Será preciso trabalhar depois dos 60, 70 anos, gerando uma maior dificuldade de acesso ao provento integral”, analisa Torres.
Opinião semelhante tem o diretor do Sindicato dos Bancários, Tadeu Menezes. Segundo ele, os trabalhadores sofrerão um grande desgaste.
“O tempo de trabalho para conseguir a aposentadoria irá aumentar e, no caso dos bancários, isso será péssimo. A categoria já convive com metas abusivas e terá mais problemas de adoecimento”, avalia Menezes.
No início da tarde, a Atens (Seção Sindical dos Técnicos de Nível Superior da UFSM) realizou uma manifestação diferente do habitual. Dezenas de sindicalistas foram até a Câmara de Vereadores para dar um recado aos vereadores: caso a Reforma da Previdência seja aprovada, nenhum parlamentar será reeleito.
O objetivo, segundo a presidente da Atens, Diana Sampaio, era pressionar para que os vereadores entrassem em contato com os seus parlamentares no Congresso Federal para travar a proposta.
“Quem votar a favor da Reforma da Previdência não irá voltar! Se a proposta passar, Santa Maria será prejudicada, pois é uma cidade com um grande número de servidores”, argumenta Diana.
Que dia a Atens vai entrar na greve? Me avisem por este site, por favor.
Santa Maria é uma cidade infantil, vive de “mesada” do Governo Federal e do Governo Estadual.