“Todo dia a mesma noite”. E o Hospital Regional – por Luiz Roese
Livro de jornalista sobre a tragédia da Kiss será lançado no dia 25 em Santa Maria
Vai acabar a espera. Está confirmado: no dia 25 de janeiro, será lançado em Santa Maria o livro “Todo Dia a Mesma Noite”, da jornalista Daniela Arbex, que relembra e homenageia os 242 mortos no incêndio da Boate Kiss, ocorrido em janeiro de 2013. Nos próximos dias, serão divulgados mais detalhes do evento, a cargo da competente Chili Produções Culturais.
Será uma boa oportunidade de conversar com essa sensacional jornalista, repórter especial do jornal Tribuna de Minas há 22 anos. Ela recebeu mais de 20 prêmios nacionais e internacionais, estreou na literatura com “Holocausto brasileiro” e, em seguida, lançou “Cova 312”. Com os livros, ganhou dois prêmios Jabuti. Recentemente, virou documentarista, e seu filme “Holocausto brasileiro” ganhou as telas da HBO em 40 países.
Foram dois anos de muito trabalho, em que Daniela mergulhou na rotina de famílias que viram sua vida mudar completamente. A construção do livro é classificada por ela como “a maior experiência da carreira”. Ela promete “o outro lado de uma história que julgávamos conhecer”.
O livro da Editora Intrínseca vai ser lançado no país no dia 19 de janeiro e já está em pré-venda nas principais livrarias online, com preço sugerido de R$ 39,90 para a edição impressa e de R$ 19,90 para o e-book. Saiba mais clicando AQUI.
Hospital Regional: sem gestor, sem dinheiro, sem funcionários, sem data para começar a funcionar
Saiu no Diário Oficial do Estado, na semana passada, uma delegação de competência para o secretário estadual de Saúde para firmar “termo de rescisão” com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) para um termo de cooperação técnica, visando ao “desenvolvimento de ações para a estruturação e a operacionalização do Hospital Regional de Santa Maria”. Até pedi explicações para a Secretaria Estadual de Saúde, na sexta-feira passada (28/12/2017), mas me deixaram sem resposta alguma.
Agora, estão buscando até uma instituição para gerir o Regional. O que houve com aquela história de que a gestão seria feita pelos hospitais Sírio-Libanês, de São Paulo, Mãe de Deus e Moinhos de Vento, ambos de Porto Alegre? Esses dias, o Hospital da PUCRS se manifestou, dizendo que não tem mais interesse. Teve algum dia?
O plano operativo do hospital, feito pelo Sírio-Libanês, que custou R$ 5,9 milhões e foi pago pelo Ministério da Saúde, traça um panorama sobre a situação do Regional, seu potencial e necessidades. Ele projeta que seriam necessários mais de R$ 61 milhões para compra de equipamentos, correções e reparos na estrutura. Para um Estado que parcela os salários dos servidores por não ter dinheiro, sem comentários.
E assim temos um prédio concluído, sem nada dentro. Ah, mas já viram que tem algo lá dentro: animais peçonhentos. E tem vigilância. E mais nada. 2018 vai ser um longo ano… Que talvez não termine.
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