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Então, montem barraquinhas para recolherem dinheiro aos montes, aos bilhões, para voltarem ao caixa de todas as estatais quebradas e roubadas. Se não tem lei que obriga (ainda), é um dever moral e social para cada partitidário que apoia a casta dos espertos dos partidos que defendem. Chega de fazer de conta que o papel de vocês é só segurar uma bandeirinha e ganhar um cargo comissonado. Que não tem nada mais a ver com o pastel. Que as responsabilidades estão no “mundo do éter”. Tem de pagar a conta, sim. A vida não é só mamar nos cargos comissionados, cair fora e “eu não tenho nada a ver com isso”. Um partido é uma sociedade de afiliados, deveria haver responsabilidade civil e criminal de todos os filiados, tem de doer no bolso quando convém. Com certeza assim muitos Dom Quixotes acordariam e cairiam do cavalo para a realidade. Tenho absoluta certeza que muitos que leram isso pensaram que se essa lei fosse aprovada hoje, amanhã se desfiliariam.

Coloquem como meta a arrecadação de um milhão de reais em Santa Maria para começar. “Quando chegarem a meta, dobrem a meta”. Lembra-se quem falou essa? k k k… Destino: Petrobras. Foram 2,9 bilhões de dólares o prejuízo com indenização para os investidores dos EUA, decorrente da roubalheira e da contabilidade fantasiosa que três partidos na gestão dela fizeram. Vejam o que é ser um subdesenvolvido na prática: roubar e quebrar a Petrobras, mesmo berrando frases de efeito … “que é nossa”, “fora os capitalistas selvagens!”, “não à privatização!”, e agora nós (a sociedade) temos de pagar 2,9 bilhões de dólares para o mundo civilizado que não gosta de ser roubado. Os “capitalistas selvagens” só usaram a lei para terem a indenização legal, justa e merecida pelo prejuízo das maracutais feitas pelo PMDB, PT e PP.

Há que se respeitar a religião dos outros.
E antes que saia bobagem é bom lembrar que Ali Babá não era chefe dos 40 ladrões. Ali Babá é o sujeito que roubava os 40 ladrões.

Como esse país seria diferente – para muito melhor – se todos os sócios de um partido fossem responsabilizados financeiramente pela roubalheira da sociedade a que pertencem, isso antes de extinguir-se o partido, claro. Quanta gente pensaria 300 vezes antes de apoiar um partido (ou a casta dos espertos dele) se tivessem que pagar a conta solidariamente? Quantos não cobrariam ética, expulsão do partido de casos de corrupção , isolados ou não, para evitar preventivamente que a conta estoure? Quanta gente colocaria filtros muito fortes na afiliação de partidários, filtrando seus associados por competência profissional comprovada (currículo)? Daí os cargos de comissão, de um simples auxiliar de gabinete até ministro não teriam pessoas incompetentes para fazerem cacas. E para não pagarem a conta, tomariam decisões por competência adquirida, não pelo que a ideologia fantasia acha que o mundo é (do avesso). Competência e ação correta evitariam indenização em massa.

De onde sai essa premissa? Da vida real: sendo-se sócio de uma empresa ou até um microempreendedor individual, a lei impõe resonsabilidade civil e criminal pelo mal que aconteceria ou o prejuizo que o dono do negócio causaria a alguém, cliente ou não. Então por que os partidos e partidários, que funcionam como sociedades administrando órgãos públicos, são na prática (mesmo com os TCEs e TCU) isentos de qualquer prejuízo que porventura fizerem por incompetência na gestão? Um partido é uma sociedade. Existem sócios que bancam os partidos (os afiliados). Quem se elege elenca partidários para governar junto colocando-os nos cargos em comissão. Logo, a sociedade partidária é representada na administração pública, não só como partido, mas com os sócios partidários alocados a cargos. Equivale-se ao caso da iniciativa privada.

Grande “honra”. O condenado vai-nos visitar e será aclamado pelos “peões” que ajudam a pagar a conta dele. Pagaram também a conta do cinco estrelas onde a casta dos espertos se hospedou em Porto Alegre no dia do julgamento. A imprensa noticiou a fatura: 150 mil reais. Pode ter havido um desconto, mas que rico caixa. E da roubalheira das estatais e da quebradeira do país ninguém devolveu nem indenizou nada, só retornou aos cofres o que a polícia e a Justiça conseguiram rastrear e confiscar, um “petisco”. Em todos os partidos existem as castas dos peões e a dos espertos. Ambos costumam viver num mundo esquisito, à parte da realidade. Ambos nunca pagam a conta dos problemas financeiros e econômicos que causam na gestão pública. Dormem bem, mesmo na gestão quebrando milhares de empresas e desempregando dezenas de milhões de pessoas. É sempre a sociedade que fica com a bucha de canhão.