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CÂMARA. Por unanimidade, vereadores rejeitam denúncia que pedia o impeachment de Pozzobom

Momento em que o vereador João Ricardo Vargas é contido por seguranças e colegas de parlamento em meio à discussão com o acusador

Por MAIQUEL ROSAURO (com foto TV Câmara/Reprodução), da Equipe do Site

A sessão dessa terça-feira (27) na Câmara de Vereadores começou com uma surpresa. O líder comunitário José Francisco da Silva, o Maranhão, substituiu o ex-candidato a prefeito de Santa Maria, Jader Maretoli (PRB), no uso da Tribuna Livre. O espaço estava reservado para a Missão Evangélica de Santa Maria, que falaria sobre projeto social e saúde.

Contudo, em seu discurso, Maranhão tratou de sua denúncia em que pede o impeachment do prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) por improbidade administrativa. Ele alega irregularidades na reutilização de seringas descartáveis por pacientes diabéticos e aponta para uma suposta fraude na realização de exames que seriam pagos duas vezes (AQUI).

Como Maranhão saiu do tema previamente indicado à Tribuna Livre, ele foi interrompido duas vezes pelo presidente Alexandre Vargas (PRB) e também ouviu reclamação, sobretudo, do líder do governo na Casa, João Ricardo Vargas (PSDB). Após uma breve interrupção para discussão dos parlamentares junto à Mesa Diretora, Maranhão voltou a discursar e logo teve seu espaço ceifado de vez pelo presidente por continuar tratando da denúncia ao invés de falar de saúde.

“A gente não precisa dessa Casa para ter palavra, existem as redes sociais. Essa Casa é uma merda”, disse em voz alta uma senhora que se retirava do Legislativo no momento em que Maranhão retornava às galerias.

A polêmica declaração indignou João Ricardo Vargas, que logo começou a trocar ofensas com Maranhão. Em certo momento, o vereador partiu em direção ao líder comunitário, mas foi contido por seguranças e outros vereadores. Na sequência, Maranhão deixou o Parlamento escoltado por seguranças da Casa.

Algumas horas depois, após defesas de moções e projetos, os parlamentares trataram do tema. Após uma extensa leitura da denúncia, feita por Alexandre Vargas e pela primeira secretária, Luci Duartes – Tia da Moto (PDT), o vereador Francisco Harrisson (PMDB) fez a defesa do governo.

O peemedebista, que é médico, explicou que agulhas acopladas podem ser reutilizadas desde que agulha e capa protetora não tenham sido contaminadas. As recomendações são do Ministério da Saúde, que também orienta os diabéticos a fazerem o revezamento do local das aplicações de insulina. Já a segunda denúncia foi considerada vazia, já que segundo Harrisson apresenta vários equívocos em sua formação.

Por unanimidade, os 21 vereadores rejeitaram a admissibilidade da denúncia e o processo não irá adiante. Todavia, o líder da bancada do PT, Daniel Diniz, em sua justificativa de voto, argumentou que a secretária municipal de Saúde, Liliane Melo, será convidada a ir até a Câmara para explicar alguns pontos da denúncia.

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2 Comentários

  1. Vale sempre ressaltar que o Ministério da Saúde não passa de um órgão administrativo e POLITICO. Existem determinações da ANVISA e da Associação Brasileira de Diabetes que são CONTRA o uso da mesma seringa após a utilização, mas os vereadores preferiram, pelo visto, ver apenas o lado que lhes interessava. Pessoas estão usando a mesma seringa até 7 vezes por dia! Segundo o vereador: “agulhas acopladas podem ser reutilizadas desde que agulha e capa protetora não tenham sido contaminadas”. E quem vai garantir que uma agulha que foi usada 7 vezes EM CASA não está contaminada e não trará riscos para os diabéticos? É uma falta de respeito invalidar uma denuncia por não gostarem do denunciante. Para essa gente função de vereador é ficar apenas fazendo homenagem e receber os gigantescos benefícios que lhes são assegurados, buscar o bem da população nunca foi um objetivo. E em resposta ao que o “vereador” Coronel Vargas disse durante a sessão: Tribuna livre é local de denuncia, sim! Ou o senhor prefere que as denuncias ocorram por baixo dos panos e escondidas da população?

  2. Mídia local dá muito espaço para este tipo de coisa. Se o sujeito pede impeachment de todo prefeito é óbvio que todo interessado em ocupar o posto não vai querer que este tipo de iniciativa aventureira prospere.
    Mais ainda, não ficou claro o papel de Jader Maretoli, só cedeu o espaço ou está usando “laranjas” para tumultuar o legislativo?

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