DO FEICEBUQUI. Marielle e o cartunista Quinho, a vítima “culpada”, ódio e internet. Ah, e picaretagens
O editor tem publicado observações curtas (ou nem tanto) no seu perfil do Feicebuqui que, nem sempre, são objeto de notas aqui no site. Então, eventualmente as reproduzirá também para o público daqui. Como são os casos desses textos, que foram postados na rede social nas últimas horas – um deles da amiga Dore Noronha. Confira:
MAS É MUUUITA…
…filhadaputice tentar transformar a vítima, que morreu executada, em culpada.
E não me venham com ingenuidade, que não é. É calhordice, meeesmo. É fascismo. E ponto!
ANTIGAMENTE…
…mas beeeem antigamente, ou antanho, ou em priscas eras, ou láááá atrás, as entidades empresariais da cidade fizeram campanha, junto com a mídia, contra as picaretagens dos trofeus entregues para quem pague o jantar e as medalhas.
Mas, repito, foi beeeem antigamente, ou antanho ou…
A DÚVIDA…
…interessante colocada por Dore Lorenzoni Noronha. Confira:
“Uma dúvida: antes da invenção da internet e das redes sociais, como as pessoas faziam para disseminar o seu ódio, sua intolerância, preconceitos e pensamento retrógrado??
É cada coisa absurda que se lê que parece que a raiva deixou de ser coisa só de caninos e contaminou totalmente o ser humano…”
Esses são os que mais falam em “discurso de ódio” quando recebem uma patada coerente, inteligente e honesta, indignada e correta. Mas não tem nada de ódio, é indignação.
A sociedade de bem tem de se indignar, sim, expor a sua opinião contra essa gente maluca política de todas as cores, que usam o poder para se eles darem bem, senão daqui a pouco vamos ter uma ditadura de esquerda ou de direita (de novo) por aqui.
Então, editor, cada um de nós tem o direito de se indignar e ser contundente, e azar do pessoal das seitas (religiosas ou políticas) que não aceita que pessoas de bem abaixem a cabeça e digam amém com relação ao mundo esquisito que querem impor a todos.
Um simples exemplo, poderia ser qualquer outro: o pessoal das seitas políticas de todas as cores que nos enchem a paciência e acham que toda a sociedade é burra ou desqualificada intelectualmente e que deve ficar quieta, indepdentemente da fiadaputice do que o pessoal das seitas dizem ou fazem. Alguns invadem prédios públicos, colocam fogo nas ruas e nos ônibus, agem de forma ilegal “para o bem do povo” e na primeira crítica que leem cobrando coerência falam em “discurso de ódio”. Isso é desonestidade intelectual.
Com certeza tem na internet muita indignação, e posso dizer (porque leio muito) muito mais indignação do que discurso de ódio. Mas que é vista erradamente como discurso de ódio. Aliás, é até espertamente conceituada como “discurso de ódio” pelos que recebem a “patada” – mesmo merecidamente- para eles se blindarem da fiadaputice do que dizem.
Há uma diferença de valor abissal entre a expressão de uma indignação, mesmo contudente, e um discurso real de ódio, mas como medir o real sentimento expresso na opínião nas palavras escritas e não achar que tudo é discurso de ódio, só porque contesta?
Mas que feio esse “discurso de ódio”, editor, k k k .. tem de dar o exemplo, assim vai perder patrocínio. Brincadeirinha, editor. Mas foi importante escrever isso porque muita gente leu e com certeza achou que foi.
Então, editor, pergunto ao eminente jornalista que escreve para a internet e lê comentários de todo o tipo. Como se pode perceber o que é um real discurso de ódio em contraste a uma constestação lúcida e necessária, motivada por uma simples indignação? Como se pode medir isso? Da simples leitura do texto pode se ter certeza o que é?
Charge, obviamente, é só para a militância.
“Filhadaputice”, “calhordice”, “fascismo”. “Como as pessoas faziam para disseminar o seu ódio?”. Como são “perfeitos” estes vermelhinhos.!