EducaçãoInfânciaPrefeituraSaúde

SAÚDE. Programas públicos visam a prevenção de doenças e mais qualidade de vida às crianças em SM

Por PAOLA SALDANHA, Especial para o Site

Todas as ações estipuladas pelos Ministérios devem ser desenvolvidas, com ênfase nas de maior necessidade em cada cada instituição

Prevenção. Família. Escola. Estes são os pilares de dois programas desenvolvidos pela Prefeitura de Santa Maria, por meio da Secretaria de Saúde e parcerias com outras organizações. O Programa Saúde na Escola (PSE) está em vigor desde 2014 na cidade e é coordenado por Daiany Donaduzzi, que também administra a Política de Atenção Integral à Saúde de Adolescentes.

Conforme Daiany, o PSE é fruto de uma parceria entre os Ministérios da Saúde e da Educação. “Trabalha no contexto da intersetorialidade, ou seja, a saúde não consegue trabalhar sozinha e nem a educação. Por conta disso, a proposta de governo é unir essas duas grandes áreas para favorecer a qualidade de vida desses educandos”, explica. No município, o programa iniciou suas atividades com atuação em cinco escolas.  Em 2018, o número de instituições que recebem os serviços prestados é de 49, sendo 38 escolas municipais e 11 estaduais.

A coordenadora salienta que este número representa escolas formalizadas, pois “Mesmo as que não têm adesão formal do PSE, também recebem as atividades. Não dá para pensar saúde longe do contexto escolar. Todas as unidades de saúde que tem escolas no seu território realizam as ações do PSE”.

A adesão ao programa é feita por intermédio de um edital lançado pelo Ministério da Saúde, que seleciona, prioritariamente, entre outros critérios, escolas que tenham, no mínimo, 50% de seus estudantes beneficiários do Bolsa Família. O PSE pode ser aplicado desde creches até a modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA).  Em Santa Maria, das 49 instituições que trabalham com o programa, 10 são de educação infantil, conforme Daiany.

O projeto é composto por 12 ações que devem ser desenvolvidas pelas entidades que adotaram ao PSE. A metodologia aplicada, assim como a ênfase em uma ação específica, é realizada de acordo com a faixa etária trabalhada e as necessidades diagnosticadas. “Não há imposição dos profissionais da saúde, mas a escola traz as demandas. Os trabalhos são feitos a partir de cada perfil da comunidade. Estamos fazendo um mapeamento por região, do que mais acomete cada uma e que necessita de uma ênfase maior da saúde e de atividades educativas”, informa Daiany.

Em relação a parcerias, o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) também atuam dentro do PSE. “Como trabalhamos muito em torno da aprendizagem e que ela tem um prejuízo quando não se tem uma saúde de qualidade, a gente precisa de outras parcerias, como com a assistência social”, argumenta Daiany.  Se for avaliada a necessidade, os profissionais realizam o encaminhamento do estudante para outros serviços da rede de saúde, como o CRAS e o CREAS.

A coordenadora ainda frisa que há uma comunicação junto com o Programa de Atendimento Especializado Municipal (Praem) e encontros quinzenais com a Secretaria de Educação, a fim de discutir os trabalhos realizados dentro das instituições que recebem o PSE e realizar o monitoramento dos estudantes atendidos.

INFÂNCIA MELHOR

Com o intuito de trabalhar a conscientização e orientação sobre saúde antes do ingresso na escola, há aínda o programa Primeira Infância Melhor (PIM) – uma política pública estadual, implantada em 2003.  Em Santa Maria, desde 2010 o projeto é aplicado às famílias que vivem em estado de vulnerabilidade social, compostas por gestantes ou com crianças de 0 a seis anos.

De acordo com a coordenadora da Política de Saúde Bucal de Santa Maria, Patrícia Campagnol, que já compôs a equipe do PIM, o programa está passando por uma fase de renovação de contrato e elaboração de um novo edital, processo que ocorre todos os anos. Durante este período, as atividades são suspensas. Entretanto, a previsão para o retorno das ações neste ano é para o mês de outubro.

Maria Suzana Lopes, superintendente de atenção primária da cidade, explica que o PIM está estruturado em uma rede de integração entre as Secretarias de Saúde, Educação e Desenvolvimento Social, no chamado Grupo Técnico Municipal (GTM). Este grupo coordena os monitores e visitadores, no acompanhamento das famílias. “Os visitadores não são concursados. São acadêmicos que fazem processo seletivo e capacitação para atuar junto com as famílias”, acrescenta Patrícia.

No município, os visitadores são acadêmicos das áreas de saúde da Universidade Franciscana (UFN). Segundo Patrícia, desde o início dos trabalhos do PIM, houve um acréscimo no número de visitadores, passando de 12 para 20 membros. Estes integrantes fazem vistas periódicas e realizam atividades lúdicas e orientações com abordagens individuais e grupais.

Urlândia, Alto da Boa Vista, Nova Santa Marta, Salgado Filho e Kennedy estão entre os locais que recebem o monitoramento do PIM. Para Maria Suzana, os programas PSE e PIM atuam na principal estratégia da atenção básica. “O carro chefe da atenção básica é a prevenção. A gente não quer que ela precise acessar os serviços de saúde por um problema. A gente quer evitar este problema”, finaliza.

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo