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POLÍTICA. O “morde e assopra” de PDT e MDB, ao mesmo tempo na oposição e no governo do município

Bisogno e Magali fazem um discurso de oposição e insistem nele. Já suas bancadas e seus CCs podem pensar diferente (fotos Reprodução)

Conforme o último levantamento realizado pelo site, com base em informações (defasadas ou não) dos próprios partidos ao Tribunal Superior Eleitoral, publicada há um mês (AQUI), o MDB santa-mariense tem mais de uma dezena de seus filiados ocupando cargos de confiança (CC) no governo municipal. Aí incluídos pelo menos uma secretária (a vereadora Marta Zanella) e dois superintendentes, na elite do funcionalismo da comuna. De outro lado, o PDT, naquele momento, possuía quatro CCs, agora reduzidos porque um deles, o secretário Ewerton Falk, deixou a agremiação.

Os sinais perceptíveis no parágrafo acima são uma das situações que tornam difícil entender a condição de “oposicionista” das duas siglas, colocadas entre as mais significativas da cidade. Mas há outro, ainda mais importante: o comportamento das bancadas das agremiações na Câmara de Vereadores.

A solitária vereadora do PDT, Luci Duartes, faz sempre questão de dizer de sua condição de “não ser de oposição, nem de situação, mas quer ajudar nas soluções.” Num mundo ideal, perfeito. No mundo real da política, no entanto, não se tem notícia, em dois anos de mandato, de uma só vez que a voz da parlamentar tenha se manifestado como a oposicionista que o seu partido diz ser.

Já no MDB, o partido só não é totalmente governista porque um dos três edis, Adelar Vargas, se compõem diretamente como oposicionista, devendo inclusive presidir a Câmara no próximo ano como parte do “Grupo dos 11”, conjunto de parlamentares que reúne os antigos e neo-oposicionistas. Os outros dois, Francisco Harrisson e João Kaus (este suplente, no lugar de Marta Zanella, a secretária), se alinham diretamente com o governo.

Diante do exposto, fica óbvia uma política de “morde e assopra”. De um lado, o discurso dos dirigentes, como o da emedebista Magali Marques da Rocha, que se recusa a admitir a condição governista do partido que preside (AQUI ). E também o de Marcelo Bisogno, líder máximo do PDT, que aponta (AQUI) “contradições” do governo de Jorge Pozzobom (PSDB).

De outro lado, bancadas (com exceção de um único edil) alinhadas com a administração municipal, onde as duas agremiações mantém postos importantes e de confiança do comando do Executivo. Enfim, de um lado, morde. Do outro, assopra. E assim segue a humanidade.

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