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SERVIÇO PÚBLICO. Bolsonaro extingue 21 mil FGs e atinge diretamente as instituições federais de ensino

Universidade Federal de Catalão, em Goiás, desmembrada em 2018 da UFG, uma das atingidas pelo decreto publicado ontem no DOU

Da Assessoria da Sedufsm, com informações do ANDES-Sindicato Nacional, e foto de Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro editou um decreto que extingue milhares de cargos em comissão e funções de confiança no âmbito do Poder Executivo federal. O decreto 9725/19 foi publicado na quarta 13, no Diário Oficial da União (DOU). Com isso, o governo vai eliminar cerca de 21 mil funções comissionadas e gratificadas. E a conta maior será paga pelas universidades federais. Imediatamente, foram extintos 119 cargos de direção em instituições de ensino federais. Não foram definidas especificamente quais IFEs serão afetadas. Também estão eliminadas 1.870 Funções Comissionadas de Coordenação de Curso.

Além disso, o decreto determina a extinção de todas as funções gratificadas das universidades federais de Catalão (GO), Jataí (GO), Rondonópolis (MT), Delta do Parnaíba (PI) e Agreste de Pernambuco (PE). Todas essas universidades foram oficialmente criadas em 2018, fruto do desmembramento de outras IFE. A partir de 31 de julho serão extintas mais de 11 mil outras funções gratificadas nas universidades federais, dos níveis quatro ao nove.

Análise jurídica preliminar

Em uma análise preliminar da Assessoria Jurídica Nacional do ANDES-SN (AJN), o decreto não atinge cargos de livre nomeação (DAS). Segundo a AJN, estão incluídos nos cortes apenas os cargos que devem ser ocupados por servidores efetivos. “Os eventuais ocupantes dos cargos agora extintos ficam automaticamente exonerados ou, se for o caso, dispensados do exercício das funções gratificadas”, explica a AJN.

Além disso, ficam congeladas mais de 1.200 gratificações temporárias, pagas a servidores públicos que ocupam funções em diversas áreas do governo. Isso inclui desde a área de controle interno até gestão de documentos. Outras 253 serão eliminadas a partir de 30 de abril.

Antonio Gonçalves, presidente do ANDES-SN, ressalta que o debate sobre funções gratificadas precisa ser feito com cautela. O Sindicato Nacional historicamente defende, no que tange à remuneração dos docentes, uma linha só no contracheque. “Não defendemos penduricalhos de nenhum tipo, pois defendemos uma única linha no contracheque, com remuneração justa. Agora, a avaliação é de que, sem dúvida, isso é um processo de ataque à universidade e de desmonte do Estado”, avalia.

Gonçalves explica que o ataque começa com cargos de comissão, que são muitos devido à capilaridade do Estado país afora. Para isso, usam o argumento de “combate aos privilégios”, quando a intenção é o desmonte do Estado.
“O que está por trás disso é um ataque aos serviços e aos servidores públicos e, em especial à universidade. Está claro que esse é o foco prioritário deste governo – desmontar as universidades públicas”, afirma…”

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Um Comentário

  1. Não é só economia. Existe uma tribo que fica pulando de FG em FG e usa isto para não ficar na frente dos alunos. Prefere a burocracia a lecionar. O que em muitos casos é um ganho, não faltam nulidades nesta condição.

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