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Mais grandão. Na política-partidária brasileira, não há, nem perto, sigla maior que o PMDB

Você pode escolher o critério que quiser. Número de filiados é um dos bons. Quantidade de prefeitos é outra. Ou então de vereadores. Ou de senadores. Deputados federais? Esquece, também aí o grande dos grandes partidos brasileiros é o mesmo. No caso, o PMDB – ou “MDB”, de quem é sucedâneo, como prefere chamá-lo o senador gaúcho Pedro Simon).

 

É de conhecimento geral a divisão interna da agremiação que nasceu, em 1965, como Movimento Democrático Brasileiro – para opor-se à Arena (Aliança Renovadora Nacional). E que, em tempos de pluripartidarismo, acrescentou apenas o “P” no início. Mesmo perdendo muita gente que viria depois a formar, primeiro o PT e o PTB (para ficar nos maiores), e mais tarde o PSDB, o PMDB jamais perdeu a força orgânica. E a ostentar a condição de grandão entre os grandões da política brasileira.

 

Pois agora, num trabalho feito pelo G1, o portal de notícia das Organizações Globo, fica-se sabendo, que novidade, que o peemedebismo é também o maior entre as Assembléias Legislativas. E que o Sul, inclusive o Rio Grande, é o maior dos territórios do partido do falecido Ulisses Guimarães. Vale a pena ler a reportagem assinada por André Luis Nery, da sucursal paulista do G1. A seguir:

 

 

“PMDB domina assembléias legislativas pelo país

Partido elegeu 164 deputados estaduais e distritais na última eleição. Já PSDB teve a maior votação do Brasil para os dois cargos.

 

Dentre os deputados estaduais eleitos para a legislatura 2007-2010, o PMDB terá a maior bancada em 11 dos 26 estados brasileiros. Na maioria dos estados, a nova legislatura começará no próximo dia 1º, com a posse dos eleitos (as exceções são Roraima, Rio Grande do Sul e São Paulo). Dos 11 estados em que predomina, a bancada peemedebista é, sozinha, a mais numerosa em nove. Em outro dois, aparece empatada com outro partido.

O PMDB também é a legenda que elegeu o maior deputados estaduais e distritais do país: 164 (15,48% do total de eleitos). Os números não contabilizam possíveis mudanças de partido que podem ter ocorrido após as eleições de 2006.

Para o cientista político Fábio Wanderley Reis, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), “o PMDB tem muita força no país, pois soube capitalizar e alcançar uma penetração grande na período do bipartidarismo (durante o regime militar)”.

No entanto, segundo Reis, o “PMDB opera com uma lógica de dispersão, de certa fragmentação, caracterizando-se como um partido dividido”. “Por isso, é difícil ter um consenso dentro do PMDB e se estabelecer uma candidatura presidencial que tenha uma perspectiva”, afirmou o cientista político da UFMG ao G1.

A opinião é compartilhada pelo cientista político Paulo Moura, da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra-RS). “O PMDB se adapta em cada região do país à lógica do poder local. Se observa que o partido nunca vai unido para dentro do governo federal. Muitas vezes essas diferenças têm a ver como as disputas entre os caciques regionais do PMDB”, disse Moura ao G1.

Estados sulistas 

 A região Sul foi onde o PMDB alcançou o melhor desempenho, com 37 eleitos (24,8%) entre os 149 deputados de Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

No Paraná, onde elegeu 17 parlamentares e também o governador Roberto Requião, o PMDB contará com 31,48% dos 54 deputados que compõem a Assembléia. Em Santa Catarina, foram 11 em 40 (27,5%) e no Rio Grande do Sul, nove em 55 (16,36%).

O partido, que tem como presidente o deputado Michel Temer (SP), elegeu a maior bancada no Amazonas, Mato Grosso do Sul, Paraná, Paraíba, Rio de Janeiro, Rondônia, Piauí, Santa Catarina e Tocantins. Em Goiás e Amapá, ficou empatado com outro partido. No Amapá, os peemedebistas elegeram três deputados estaduais, mesmo total da bancada do PT do B e do PDT. Em Goiás, o partido conta com dez deputados estaduais eleitos, mesmo total do PSDB.

O pior desempenho do PMDB foi na região Sudeste, onde elegeu 33 deputados estaduais, ficando atrás de PSDB e PT. Os tucanos totalizaram 47 parlamentares nas assembléias dos quatro estados da região, contra 37 do PT.

Outros partidos

O PSDB, que nas eleições de 2006 elegeu 152 deputados nos 26 estados e no Distrito Federal, tem – sem levar em conta eventuais mudanças de partido após a eleição – a maior bancada no Ceará (15), Maranhão (nove), Minas Gerais (16), Pará (dez) e São Paulo (24). Em Roraima, empata  com o PR (quatro).

O PT, partido do presidente Lula e que elegeu cinco governadores, só fez a maior bancada nas assembléias do Acre e do Rio Grande do Sul. No estado nortista, elegeu sete deputados estaduais e no Rio Grande Sul, dez. Além disso, elegeu o maior número de deputados para a Câmara do Distrito Federal, ao lado do PFL, com quatro…”

SE DESEJAR ler a íntegra da notícia, pode fazê-lo acessando o “G-l”, o portal de notícias das Organizações Globo, no endereço http://g1.globo.com/Noticias/0,,MUL2613-5601-1445,00.html.

 

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