Por BRUNA MILANI (com fotos de Reprodução), Especial para o Site (*)
Lançada em 6 de outubro de 2010, a rede social Instagram tem como objetivo principal o compartilhamento de fotos e vídeos entre os usuários que acessam a ferramenta, como também o envio de “stories” de um perfil para o outro, além das fotos poderem ser editas no local. No entanto, a ferramenta também vem sendo utilizada como um trabalho, ou seja, passou de apenas um blog pessoal para ser usado como markentig, trabalhando assim com vários produtos.
Um dos temas abordados no Instagram é a maternidade. Muitas mães de primeira viagem buscam por experiências de outras mulheres sobre os assuntos que norteiam essa fase da vida. Entre eles as sensações durante o período da gestação, os exames realizados e como eles funcionam, as medicações utilizadas, a preparação do enxoval até o período do nascimento, seguindo por todo o desenvolvimento da criança no mundo exterior, através da quantidade de fraldas utilizadas, se a criança adaptou-se com um modelo de pomada para assadura, as cólicas.
Dessa maneira, o Instagram vem sendo usado como ferramenta permite às mulheres que compartilhem diariamente fotos e vídeos com comentários e sugestões, através do que denominaram de “maternidade real”.
Para o jornalista e especialista em mídias sociais e digitais pela Universidade Franciscana de Santa Maria, Pedro Corrêa, 25 anos, a rede social permite que as pessoas compartilhem cada momento pessoal e faz com que aproxime o público e tenha um engajamento através dos “stories”.
“Isso foi uma sacada que começou em 2016. Eles conseguiram resgatar esse negócio do Snapchat, que era a informalidade, para dentro do Instagram e deu muito certo. O Instagram é a mídia dos blogueiros”, diz. Ele complementa argumentando sobre a história do aplicativo, que foi desenvolvido para relembrar o formato polaroíde das fotografias.
Em relação ao público feminino que envolve as mães, Corrêa ressalta que elas precisam compartilhar suas experiências com outras mães para que entendam pelo que estão passando. “Isso já vinha bastante no Youtube com videos-aulas, manual do bebê”, relembra.
A acadêmica de direito da Universidade Franciscana, Brenda Trepte, 21 anos, criou o blog no Instagram quando o filho Sebastian tinha oito meses de idade. “Eu sempre gostei muito do mundo da moda. Antes de engravidar, era embaixatriz do município e estava sempre envolvida em concursos de beleza e em razão disso sempre vesti o meu filho bem estiloso, adorava inovar nos looks e então decidi criar o blog para postar os looks dele e o nosso dia a dia na maternidade como pais jovens”, relatou Brenda.
Atualmente o perfil é voltado para comentar sobre a maternidade, beleza e a criação de um filho sendo mãe solo. “Há um ano perdi o meu marido em um acidente de carro. Hoje, o meu público é bem variado, entre mães, estudantes e viúvas. Sempre consigo passar boas dicas e saliento também que a vida é hoje”, complementou. Em relação ao filho, Brenda diz que a relação deles é a melhor possível. “hoje eu entendo que Deus me enviou um anjo exatamente na hora certa. Ele é o meu companheiro, é tudo o que me restou do meu marido e também é o xerox do pai dele”.
Com o intuito de poder voltar aos momentos para relembrá-los, a psicóloga Marinara Pinto, 24 anos, começou a compartilhar todos os momentos da vida no Instagram. “Eu tenho uma filha de quatro anos, a Martina. Engravidei aos 19 anos e quando ela nasceu eu tinha 20 anos”. Marinara sempre gostou de guardar memórias, mesmo antes da filha nascer já registrava cada detalhe por meio da fotografia.
“Como eu sou psicóloga e gosto muito de estudar sobre a relação mãe-bebê, falar sobre maternidade sempre foi um prazer para mim. Recebo muitas mensagens de mães que de alguma forma são afetadas de maneira positiva e então se tornou o meu propósito trazer bem estar para outras mães e hoje o instagram é o meu trabalho”, declarou.
Com relação à própria maternidade, a psicóloga comenta que ser mãe jovem tem muitas dificuldades, por conta da responsabilidade e por criar a filha sozinha, mas define a relação das duas como um crescimento mútuo. “Conversamos sobre tudo e procuramos sempre entender o lado uma da outra. Somos mãe e filha, mas também somos boas amigas e acredito que isso traga leveza para a relação”, ressaltou.
(*) Bruna Milani é acadêmica de Jornalismo da Universidade Franciscana e faz seu “estágio supervisionado” no site
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