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CASO ISADORA. “Somos todos Paulinho” x “Justiça para Isadora”. Famílias protagonizam embate virtual

Famílias de Isadora Costa (vítima) e Paulo Xisto Filho (réu) utilizam o Facebook em busca de Justiça. Ambas mantêm uma “fanpage”

Por MAIQUEL ROSAURO (com imagens de Reprodução), da Equipe do Site

O oficial de cartório, Paulo Odilon Xisto Filho, 37 anos, acusado de matar a modelo Isadora Viana Costa, 22 anos, está em prisão preventiva desde segunda-feira (26), em Imbituba (SC). Porém, nas redes sociais, as famílias dos jovens, ambos naturais de Santa Maria, travam uma batalha virtual que vai além dos tribunais.

Na tarde dessa quarta-feira (28), a fanpage Somos Todos Paulinho – Queremos Justiça (AQUI), que conta com 2.192 curtidas, divulgou oito documentos particulares de Isadora, que inclui fichas de atendimento em hospitais de Santa Maria, boletim de ocorrência policial e um laudo pericial.

“A partir de hoje vou colocar nesse grupo tudo que não foi falado ou mostrado para as pessoas entenderem que somos sim vítimas e que meu irmão é inocente: Paulinho não matou Isadora”, publicou uma familiar do rapaz.

A postagem também critica o primeiro laudo cadavérico do caso e ressalta que o objetivo não é atingir a imagem de Isadora, mas expor o que seria uma injustiça.

“Aqui ninguém está denegrindo ninguém, apenas estou mostrando reais provas com datas, BO, internação, tentativas de suicídio e o começo das provas da nossa verdade. Nós não jogamos sujo. Apenas nós defendemos com reais fatos. Jogar sujo é mentir que meu irmão estava foragido, aliás, isso é pedir pra passar vergonha né!”.

Uma hora depois, a página Justiça para Isadora (AQUI), que possui 8.204 curtidas, respondeu à divulgação dos documentos. Em uma publicação com a foto da jovem vestindo uma camiseta do Grêmio, os familiares criticaram a exposição da vítima.

“Para nós não muda nada, pois pior de tudo é perder um filho. Já perdemos. Quem matou: Paulo Odilon Xisto, que está preso provisoriamente pelo crime de assassinato/feminicídio. Pobres pessoas denegrindo alguém que não está mais aqui”, postaram os familiares de Isadora.

Familiares de Paulo Xisto Filho divulgaram uma série de documentos particulares de Isadora na tarde dessa quarta-feira, na rede social

Entenda o caso

Isadora morreu em 8 de maio de 2018, em Imbituba, litoral de Santa Catarina. O Ministério Público catarinense acusa Xisto de ter imobilizado a namorada após uma discussão, desferindo joelhadas, socos e chutes contra a jovem, causando trauma abdominal e, consequente, óbito da vítima.

A denúncia diz que o oficial de cartório se irritou após Isadora chamar familiares dele após Xisto ter passado mal pelo uso de cocaína. A acusação sustenta que a família do rapaz não teria conhecimento do uso de entorpecentes. Eles namoravam há cerca de dois meses.

Xisto também foi acusado de fraude processual. Ele teria modificado a cena do crime lavando lençóis e toalhas, retirando garrafas de bebidas alcoólicas do local, espalhando comprimidos de remédios controlados pela residência e inserindo cobertores e malas na cama na qual estava Isadora.

O acusado ainda mantinha armas e munições com registros vencidos: uma espingarda calibre 12, 80 munições do mesmo calibre, além de uma pistola calibre 380 e 66 munições.

Por outro lado, a família do réu contesta a acusação e sustenta que Isadora morreu vítima de parada cardíaca provocada por consumo de cocaína.

Família de Isadora Viana Costa alega que a divulgação dos documentos visa a denegrir a imagem da jovem, morta no ano passado

Primeira prisão

A primeira prisão preventiva foi decretada em 16 de julho de 2018, pela suposta prática dos crimes de homicídio qualificado, fraude processual, posse de acessório de arma de fogo de uso restrito e coação no curso do processo, assim como pelo descumprimento de medidas cautelares diversas da prisão.

Xisto ficou preso entre os dias 17 de julho e 29 de novembro do ano passado, quando deixou a prisão devido a uma liminar deferida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio.

Condenação por posse ilegal de mira laser

Em maio deste ano, Xisto foi condenado por posse ilegal de uma mira a laser para uso em arma de fogo. A decisão partiu do juiz Welton Rubenich, da 2ª Vara da Comarca de Imbituba. Ele foi sentenciado a três anos de prestação de serviço comunitário e ao pagamento de 50 salários mínimos.

O caso teve decisão de pronúncia mantida pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina.

Segunda prisão

Na semana passada, em julgamento do mérito, o STF negou o habeas corpus e revogou a liminar concedida ano passado. O oficial de cartório apresentou-se, de maneira voluntária, na Unidade Prisional Avançada de Imbituba na segunda-feira (26), onde permanece em prisão preventiva (AQUI).

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