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CIDADANIA. Suicídio entre professores e policiais do Rio Grande do Sul será assunto para audiência pública

Por MARCELO ANTUNES (com foto de Joaquim Moura/Divulgação), da Assessoria de Valdeci Oliveira

Valdeci Oliveira: “Há algo muito errado e precisa ser debatido”. Suicídio entre Policiais Militares gaúchos tem o maior índice do País

Por nove votos favoráveis e nenhum contrário, os parlamentares que integram a Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa gaúcha aprovaram, nesta terça-feira (24), o pedido conjunto de audiência pública para debater os casos de suicídios e afastamentos por sofrimento psíquico dos servidores da educação e da segurança pública.

A solicitação foi encaminhada pelos deputados petistas Valdeci Oliveira, Jeferson Fernandes e Sofia Cavedon, que preside o colegiado, e pela deputada Luciana Genro (PSOL). “Entendemos ser este um tema muito sério, que envolve duas categorias que estão inseridas diretamente na vida da nossa população, uns ensinando e outros nos protegendo”, afirmou Valdeci, antes da votação, em defesa do requerimento.

Valdeci destacou ainda que o Rio Grande do Sul é o estado cujo índice e suicídio junto a policiais militares é o mais alto do país, com 30,7 casos para 100 mil habitantes, conforme dados apresentados em reportagem recente. “Enquanto isso, em unidades da federação como São Paulo e Minas Gerais, essa taxa fica em torno de 20 casos; na Bahia, ela chega a 16 e, no Rio de Janeiro, 9. Há algo muito errado, e isso precisa ser debatido”, completou o parlamentar, enfatizando que o problema também atinge a população como um todo.

De acordo com os números do Centro Estadual de Vigilância em Saúde do RS (CEVS), das 11 mil mortes registradas anualmente no Brasil, o nosso estado respondeu por mais de 10%. E se, no mundo, o indicador chega a 13 mortes para cada 100 mil habitantes, no país, ele fica em seis. Mas, no nosso estado, ele praticamente dobra, alcançando o preocupante índice de 12 casos há dois anos (em 2011 era de 9,9). Foram 1.342 óbitos, maioria absoluta de homens na faixa etária entre 40 e 59 anos.

A apresentação do pedido de audiência pública neste mês fortalece também a mobilização do Setembro Amarelo, mês que marca a luta pela prevenção do suicídio e quando são realizados seminários, simpósios e outras atividades públicas que servem de alerta e conscientização sobre o tema. A definição da data da atividade, que será realizada na Assembleia Legislativa, em Porto Alegre, ocorrerá nos próximos dias.

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