Por LUCAS REINEHR (com foto da Agência Câmara de Notícias), da Assessoria de Imprensa da Sedufsm
Uma nova ferramenta de proteção para a comunidade LGBTI foi lançada na última quarta-feira (25). O lançamento do aplicativo “Tia Lu” ocorreu em uma audiência da Comissão de Legislação Participativa da Câmara. A ferramenta digital, atualmente disponível em celulares que utilizam o sistema Android, foi idealizado e colocado em prática pela ‘Rede Gay Brasil’. O principal objetivo do aplicativo é permitir que pessoas em situação de risco possam acionar ajuda pelo celular. Para Gabriela Quartiero, integrante do ‘Coletivo Voe de Diversidade Sexual’, a ferramenta é muito importante, principalmente em um momento de ascensão da intolerância.
O Tia Lu já está disponível em São Paulo, na Paraíba, na Bahia, no Rio Grande do Sul e, a partir de agora, no Distrito Federal. Por depender de recursos provenientes do autofinanciamento dos ativistas, a plataforma deve ser implantada a cada mês em um estado diferente.
Na avaliação de Gabriela, do Voe, “ao mesmo tempo em que esse ano obtivemos a decisão do STF pela criminalização da LGBTfobia, estamos vivenciando um contexto político e social conservador, por isso é necessário existir ferramentas que deem suporte para a população LGBTI. Muitas pessoas LGBTI são rechaçadas de suas casas, círculo de amigos, ambientes de trabalho e consequentemente acabam por se tornar mais vulneráveis por não ter um suporte e apoio, e nesse sentido é importante que exista um App (aplicativo) para que essas pessoas que não possuem rede de apoio possam recorrer em uma situação emergencial”, colocou a psicóloga e ativista LGBTI.
Salvamento de vidas e pesquisa local
De acordo com o coordenador-geral da Rede Gay, Fábio de Jesus, além de possibilitar o salvamento de vidas, o aplicativo vai permitir a coleta de dados que poderão nortear políticas públicas para a população LGBTI. “A partir do momento que a gente tiver estatísticas de boletins de ocorrência, a gente vai ter números para falar ‘tantos LGBTIs estão sofrendo no país’ e aí a gente vai cobrar políticas públicas dos estados”, ressaltou.
O ‘Coletivo Voe’, de Santa Maria, iniciou uma pesquisa sobre os casos de violência no município. “Nós, do coletivo Voe, estamos com uma pesquisa em andamento. É uma pesquisa para identificar os casos de LGBTfobia em Santa Maria ocorridos entre 2018 e 2019. A pesquisa é totalmente anônimas e as respostas ajudarão o Coletivo Voe a determinar as diretrizes e atividades no ano de 2020”, afirma Gabriela.
Em relação ao Tia Lu, o nome do aplicativo é uma homenagem ao ativista dos direitos LGBTI na Paraíba, Luciano Bezerra, que morreu vítima de um infarto em 2017. Luciano foi presidente da ONG Movimento Espírito Lilás, e uma grande referência para pessoas LGBTI em todo o estado.
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