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CIDADANIA. 50 mulheres atendidas: segunda-feira será lançado o projeto Obirin “Feminina Moda Negra”

Com informações (texto e imagem) da assessoria do evento e do coletivo ARÁ DUDU

No próximo dia 10 de fevereiro ás 18h, na Antiga Reitoria da UFSM, acontece o lançamento do Projeto Obirin “Feminina Moda Negra” que irá atender 50 mulheres oriundas de comunidades periféricas do municípios de Santa Maria. O Projeto que tem a Associação Ara Dudu como responsável, foi um dos 20 selecionados no Edital ELAS na Moda sem violência do Fundo Elas de Investimento Social em Parceria com Instituto CeA.

Em Santa Maria o projeto trabalha como uma forma de iniciativa na luta pelo fim das diversas formas de violência contra as mulheres dentro da cadeia da moda e que contribuam para uma moda justa, inclusiva e sustentável.  As atividades previstas são Capacitações de Corte, Costura e Modelagem para as beneficiadas, além de promover atendimento jurídico, psicológico e auxilio para inserção no mercado da moda e do trabalho como todo. Ao final do Projeto um grande desfile está previsto para acontecer na cidade com a mostra das produções realizadas.

Entre as inscritas foi dada a prioridade para mulheres de baixa renda, mulheres negras e mulheres transexuais, uma vez que no campo da moda essas são as diretamente afetadas pela exclusão e preconceitos que também atingem o campo da moda.

De acordo com Isadora Bispo uma das Coordenadoras do Projeto, “ este projeto atua diretamente para o empoderamento político, social e econômico destas mulheres , pois acreditamos que a   partir do momento em que juntas se percebem e debatem sua participação enquanto cidadãs na sociedade brasileira, questionam o porquê de ainda estarem desenvolvendo trabalhos precarizados, recebendo menos que os homens, sendo vítimas do desemprego e de uma desigualdade estrutural que se expressa, inclusive, em todas as formas de violência contra ela.”finalizou

A linha traçada pelo projeto para inspiração da moda, pauta na Cosmovisão Africana, que traz para este grupo de mulheres o entendimento da influência da cultura afrobrasileira. Consequentemente, as ações dialogam diretamente com demandas e necessidades no tocante ao combate ao racismo e a intolerâncias. Nesse sentido foi desenvolvida toda uma linha de produtos de vestuário e assessórios inspirados na cosmovisão africana.

De acordo com Coordenadora de Produção Carmem Lucia (Baiana), “são confeccionadas estampas, criados  os  designs, feita a costura , e por fim comercializamos  uma forma de vestir que levanta a autoestima, uma forma de vestir que resgata nossas histórias ancestrais e que consequentemente faz com que possamos nos enxergar dentro do mundo da moda. E é a partir disto que mudamos a cara da periferia em que moramos e transformamos realidades, pois, fortalecidas e empoderadas, com autoestima e com possibilidade de gerar trabalho e renda, as mulheres tornam-se mais fortes para resistir contra a violência e denunciar seus opressores.

As atividades do Projeto acontece semanalmente  na comunidade do Beco da Tela no Centro Cultural Axé Silvia Leme e na Antiga Reitoria da UFSM no Centro de Santa Maria.

A Pro-Reitoria de Extensão da UFSM e Ilê Axé Omin Orun atuam como parceiros na realização deste projeto.

Maiores informações pelo email : [email protected]

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