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SAÚDE. Estado tem um infectado pela Covid a cada 214, mostra 5ª etapa de pesquisa realizada pela UFPel

Números da quinta etapa da pesquisa da UFPel (a UFSM também participa) foram apresentados em live realizada pelo governador 

Do jornal eletrônico SUL21. O texto é de MARCO WEISSHEIMER, com imagem de Reprodução/Youtube

A quinta etapa da pesquisa sobre a prevalência do novo coronavírus no Rio Grande do Sul, coordenada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), em parceria com outras 12 universidades, apontou um aumento do índice de contágio no Estado. De um total de 4.500 testes rápidos realizados em nove cidades gaúchas, 21 deles resultaram positivo, o que representa uma proporção de 0,47% da população, numa relação de uma pessoa infectada a cada 214 habitantes. Ainda segundo a pesquisa, o Rio Grande do Sul já tem 53.094 pessoas com anticorpos para o coronavírus.

Os números da nova etapa da pesquisa foram apresentados numa live conduzida pelo governador Eduardo Leite (PSDB), pelo professor Fernando Barros, professor e pesquisador da UFPel. Ao todo, foram realizados 500 testes em cada uma das cidades-sentinela (Porto Alegre, Canoas, Pelotas, Caxias do Sul, Santa Cruz, Santa Maria, Passo Fundo, Ijuí e Uruguaiana). Esses municípios reúnem cerca de 31% da população do RS, que hoje é de cerca de 11,3 milhões de habitantes. Em função desse universo, Barros ressaltou que a pesquisa não pretende apresentar um quadro completo da prevalência do coronavírus no RS, mas indicadores da situação nos principais centro populacionais do Estado.

Pesquisadores recomendam ampla testagem e busca ativa de infectados

A proporção de 0,47% representa uma alta expressiva em relação aquela verificada na quarta etapa da pesquisa, há cerca de um mês, que foi de 0,18%. Na avaliação de Fernando Barros, o resultado confirma a tendência de alta de prevalência do coronavírus no Rio Grande do Sul, que vem se verificando nos últimos meses de forma progressiva. Diante desse resultado, a recomendação da pesquisa é que seja ampliada a realização da testagem PCR (teste para identificar a presença do vírus e não apenas de anticorpos), busca ativa das pessoas infectadas e isolamento das mesmas para evitar que elas acabem contagiando outras pessoas.

“Nós estamos em um patamar de 400 a 500 casos confirmados por dia. Ainda é possível fazer uma busca ativa e promover o isolamento desses casos. As medidas de isolamento social, sem uma ampla testagem, podem não ter o resultado desejado”, alertou o pesquisador.

Antes da apresentação dos resultados da quinta etapa da pesquisa, o governador Eduardo Leite atualizou os números da covid-19 no Estado. O mês de julho inicia com 26.941 pessoas infectadas em 403 municípios, com 614 mortes confirmadas. Do total de infectados, cerca de 82% se recuperaram a enfermidade. A taxa de ocupação de UTI’s no Estado está em 72%. Do total de leitos ocupados, 34,1% são com pacientes confirmados ou com suspeita de covid-19.

Essa quinta etapa da pesquisa é a primeira da segunda fase do estudo da UFPel que deverá, em princípio, realizar uma pesquisa por mês até setembro. Fernando Barros destacou que esse é o único estudo populacional no mundo com cinco pontos de dados envolvendo uma mesma população. O pesquisador também chamou a atenção para o fato de que, como a pesquisa foi realizada entre os dias 26 e 28 de junho, ela fornece um retrato de uma situação de duas semanas atrás, já que os anticorpos aparecem no sangue cerca de 14 dias após a infecção. Os números do levantamento, acrescentou, indicam uma difusão mais ou menos homogênea da infecção nas cidades estudadas e que essa prevalência ainda é inferior à media da prevalência em nível nacional.

A pesquisa também apontou uma estimativa sobre a subnotificação no Estado. Para cada um milhão de habitantes no Rio Grande do Sul, há cerca de 4.667 infectados reais e 2.219 casos notificados. A taxa de letalidade estimada, considerando os casos notificados, é de 2,2%, enquanto aquela que leva em conta os casos reais (incluindo a previsão de subnotificação), é de 1,1%. “Ainda é uma taxa elevada, bem maior que a verificada em outras epidemias de infecções respiratórias que tivemos no passado”, observou Fernando Barros…”

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