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ELEIÇÕES 2020. E começam as articulações para disputa do Piratini. Confira os nomes já especulados

Moreira, Heinze, Cairoli e Bolzan, entre os citados. Pimenta também na relação

Eduardo Leite ensaia outros voos. Paulo Pimenta, com cinco mandatos de deputado, tido como potencial candidato (fotos Reprodução)

A verdade é que, para os comuns mortais, eleições presidencial e estadual e para deputado e senador, que constam do calendário de 2022, estão muito distantes. Mas políticos são diferentes. E, sim, já pensam na próxima disputa.

Especificamente para o Palácio Piratini, moradia de Eduardo Leite (que diz estar fora do pleito estadual), vários nomes são citados. E estão em reportagem originalmente publicada no Correio do Povo. Um dos listados é o santa-mariense Paulo Pimenta, do PT, que tem cinco mandatos de deputado federal e, talvez, não busque o mesmo posto.

Para saber mais, inclusive o cacife de cada um dos nominados, vale conferir o texto de Flavia Bemfica. A seguir:

Começam articulações para eleição ao governo gaúcho em 2022 – Lideranças sondam partidários e possíveis aliados, realizam reuniões informais e fazem ações para fortalecer nomes

Mesmo que 2022 ainda pareça distante, que o país tenha um 2021 de muitas incertezas pela frente e que os recém-eleitos para prefeituras e Câmaras de Vereadores ainda nem tenham tomado posse, começaram as articulações para as eleições de 2022 entre políticos e partidos em solo gaúcho. No RS, assim como em outros estados, se repete o que ocorre na disputa pela presidência da República, na qual uma sucessão de movimentos, parte deles imperceptível aos eleitores, já está em curso.

Neste 2020, para além do prazo não oficial que simboliza o início das discussões da eleição seguinte – sempre quando a do ano em curso termina – o fator pandemia também apressa o processo futuro. Escaldados por campanhas municipais ‘diferentes’ em função de todas as consequências do coronavírus, lideranças e dirigentes políticos das grandes legendas asseguram que é preciso se “antecipar”, para tentar “evitar surpresas”.

No RS, por enquanto, os sinais mais visíveis partem justamente dos dois partidos que estão entre os maiores tanto em número de filiados como em prefeituras conquistadas no pleito recente: o PP e o MDB. Em número de filiados, o MDB lidera e o PP ocupa a terceira posição. Em número de prefeitos eleitos, o PP está à frente, seguido pelo MDB. Ambas as siglas já ensaiam movimentos que, ao mesmo tempo, demonstram sua força e as descolam do atual governo tucano. O MDB, principalmente por meio de seus posicionamentos na Assembleia Legislativa, onde, apesar de ser o maior partido da base, com oito cadeiras, vem impondo ou negociações ou votos dissidentes aos projetos do Executivo. O PP, que detém a liderança do governo no Legislativo, através de indicativos que já começam a ultrapassar as posições divergentes adotadas por parte da bancada. Como, por exemplo, o movimento na Casa Civil, que deixará de ser comandada por Otomar Vivian no início do próximo ano.

Para além das articulações explícitas ou de bastidores, um cenário está dado neste final de 2020 quando é posto na mesa o conjunto de nomes que despontam para concorrer ao governo. A corrida será disputada por políticos tradicionais e/ou experientes. “Tudo que vem acontecendo aí serviu para mostrar que vale muito aquele nosso ditado: ovelha não é pra mato”, resume um emedebista já envolvido nas negociações.  

Alceu Moreira (MDB) – Há quase 40 anos exercendo mandatos eletivos, o atual presidente do MDB gaúcho e deputado federal pela terceira vez tem se movimentando com discrição. Mas, desde antes das eleições municipais, vem fazendo contatos e participando de articulações que visam lançá-lo como o nome do partido para a disputa ao Piratini em 2022. A ideia é que se apresente como uma alternativa “de centro-direita”, bem semelhante à estratégia que garantiu a vitória do partido em Porto Alegre em novembro passado.

Edegar Pretto e Paulo Pimenta (PT) – Os nomes dos dois parlamentares já estão postos dentro do partido, e o objetivo é de que a definição ocorra nos próximos meses. Mesmo que, de público, ambos ainda evitem admitir a possibilidade. Viabilizar a candidatura de um deles representa para a sigla um movimento concreto no sentido de tentar se renovar, ultrapassando as conhecidas dificuldades em abrir espaço para novas lideranças. Pimenta está no quinto mandato como deputado federal. Nas últimas três eleições se manteve como o candidato mais votado a federal do PT gaúcho. Dos cinco integrantes da bancada petista gaúcha, é o que tem alcançado maior visibilidade em debates nacionais e na oposição ao governo Bolsonaro. Edegar está no terceiro mandato como deputado estadual. Nas três eleições, foi o mais votado do partido para a Assembleia. Mantém distância de discursos radicais e expandiu sua atuação para além dos movimentos sociais ligados a disputas pela terra, a temas como o enfrentamento da violência contra mulheres e a produção de alimentos saudáveis.   

Eduardo Leite (PSDB) – O governador não quer disputar a reeleição. Seu objetivo pode ser uma candidatura à presidência da República ou a vice em 2022. Suas pretensões nacionais são turbinadas por dois padrinhos de peso: o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). Mas, hoje, o partido não descarta que fique no RS caso não “surja” outro nome. E caso o governador não emplaque uma de suas recorrentes tentativas de mostrar um projeto que lhe confira peso nacional, a ponto de poder competir com o colega paulista, João Dória.  

José Paulo Cairoli – O empresário, agropecuarista e ex-vice-governador também tem se movimentado para voltar a vida pública por meio da disputa ao governo do Estado nas eleições de 2022. Além de conversas e reuniões, ele voltou a emitir avaliações e posicionamentos nas redes, principalmente via twitter, onde endereça críticas principalmente ao governador Eduardo Leite, ao PT e à esquerda em geral.  Para levar adiante suas pretensões para 2022, precisará de uma nova legenda. Ele havia se filiado ao PSD em 2013, mas deixou a sigla no ano passado.

Luis Carlos Heinze (PP) – O senador trabalha abertamente pela candidatura ao governo do RS desde 2018. Naquele ano, após cinco mandatos consecutivos como deputado federal, e eleições nas quais sucessivamente perdia votos, Heinze tentou a indicação do PP para o Piratini, mas acabou sendo protelado em nome de uma tensa negociação que resultou em aliança com o PSDB. Como alternativa, migrou para a disputa ao Senado. A exemplo do que ocorreu com outros corredores, sua vinculação direta com o então candidato à presidência Jair Bolsonaro resultou em uma vitória considerável: fez 2.316.365 votos.

Onyx Lorenzoni (DEM) – O ministro da Cidadania também já começou articulações para disputar o governo gaúcho. Seu sonho é uma aliança com o MDB (pauta nas discussões que garantiram a coligação do DEM com Sebastião Melo na eleição da Capital), mas emedebistas veem a possibilidade como remota. Como Heinze, Onyx se beneficiou da ligação com Bolsonaro e obteve sua maior votação em 2018 (183.518 votos ao quinto mandato de deputado federal). Mas, escolhido ministro, passa por processo de afastamento desde 2019, e deve voltar à Câmara na reforma ministerial do início de 2021.

Romildo Bolzan Júnior (PDT) – Afastado da vida político-partidária desde 2014, quando precisou renunciar ao comando do PDT gaúcho para disputar e vencer a eleição para a presidência do Grêmio, Bolzan permanece à frente do clube. E é justamente a exposição conquistada por seu desempenho na presidência do Grêmio que o PDT considera como uma grande oportunidade. Apesar das negativas públicas de Bolzan, o partido trabalha por sua candidatura ao governo do Estado há dois anos, em tratativas que envolvem articulações e lideranças nacionais não apenas do PDT, mas também do PSB.” 

PARA LER A ÍNTEGRA, NO ORIGINAL, CLIQUE AQUI.

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Um Comentário

  1. Chutes dentro da conjuntura atual.
    Alceu Moreira tem rejeição e não é pequena. Jeitão de falastrão não ajuda, da impressão de arrogância.
    Edegar Pretto não decola. Pimenta trabalha na reabilitação do Molusco, talvez de olho no futuro legado politico do mesmo. Alás, tem gente que tinha 6 anos quando o Molusco saiu do poder irá votar na próxima eleição (sem falar numa rejeição monstro). PT não tem candidato a governador, levou ferro no pleito municipal de POA (e outros lugares). Capsicum também pode estar jogando para começar o movimento ‘Fica Capsicum!’.
    Leite, o impostor, talvez se eleja deputado federal, isto ele ainda consegue. Como Marchezan. Candidatura a presidência? Prego de cabeça de fora é que leva martelada.
    Cairoli, atualmente sem partido. Era o nome que já corria nos bastidores, pedra no sapato de Heinz. Pedra no sapato de Alceu Moreira também. Tem apoio de uma ala do MDB aparentemente.
    Onyx Lorenzoni vai ter que batalhar para voltar para a Camara dos Deputados. Bateu cabeça com o próprio partido, além de outras coisas, ai fica difícil.
    Romildo Bolzan Junior é pessoa séria e honesta. Teve candidatura lançada por Pompeu de Mattos em junho deste ano (outro falastrão, gosta de se fantasiar de gaúcho e tentou dar uma de joão-sem-braço no impeachment de Dilma, a humilde e capaz), anuncio prontamente desmentido. Em 2011 foi envolvido na Operação Cartola (governo Tarso, o intelectual), seria bom ver os motivos que o levaram a deixar da politica. Aparentemente o PDT necessita dos votos de Bolzan para ajudar Ciro, o irmão do Cid da Patrola.

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