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KIT COVID. Vereadores de Santa Maria aprovam distribuição de remédios sem eficácia comprovada

Medicamentos já estão disponíveis na Assistência Farmacêutica do município

Proposta do vereador Tubias Calil foi debatida na madrugada desta sexta-feira (19), pela maioria dos presentes (Foto Reprodução)

Por Maiquel Rosauro

Os vereadores de Santa Maria aprovaram, na madrugada desta sexta-feira (19), com 14 votos favoráveis e seis contrários, o Projeto de Lei 9196/2021, de autoria de Tubias Calil, que autoriza a Secretaria Municipal de Saúde a distribuir medicamentos sem eficácia comprovada a pacientes com sintomas de covid-19. Agora, a proposta será encaminhada para sanção do prefeito.

Conforme a iniciativa, o kit covid é composto por hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina, bromexina, nitazoxanida, zinco, vitamina D, anti-coagulantes e/ou outros fármacos indicados e custeados ou distribuídos pelo Ministério da Saúde, mediante orientação e prescrição médica.

Na prática, a lei autoriza algo que já está autorizado, uma vez os medicamentos estão disponíveis na Assistência Farmacêutica do município gratuitamente para a população mediante prescrição médica, conforme nota divulgada pela Prefeitura no início do mês (AQUI). Apesar disso, o projeto rendeu inúmeras discussões que avançaram madrugada adentro.

O primeiro a debater foi o único parlamentar médico, Werner Rempel (PCdoB). Ele afirmou que o medicamento não muda a realidade.

“O que o vereador propõe já está sendo feito. Não vai obrigar os médicos a prescrever e os pacientes a tomar. Considero que não ajuda. Estou convencido de que o que ajuda mesmo é a vacina”, afirma Rempel.

O vereador Paulo Ricardo Pedroso (PSB) defendeu o livre arbítrio: o médico para receitar e o paciente para pedir o kit.

“Quem esteve hospitalizado como eu estive, pensa completamente diferente e quer ter acesso a todas as possibilidades”, afirmou o socialista.

Ricardo Blattes (PT) disse que o projeto é inócuo e causa uma falsa esperança.

“Isso aqui não é esperança. É engodo, é enganação. Se engana que pensa que vai mudar a realidade”, afirmou o petista.

Passava das 2h, quando Tubias discutiu a proposta. Ele disse que o projeto não é inútil e indicou que Blattes é arrogante, prepotente e ignorante. Além disso, criticou Rempel.

“O mesmo médico vereador prescreve o tratamento precoce. Ora, se não acreditasse não prescreveria. Quem não tem certeza é porque não sabe. A prática é uma, o discurso é outro”, afirmou Tubias.

Durante a discussão, também se manifestaram Givago Ribeiro (PSDB), Tony Oliveira (PSL), Admar Pozzobom (PSDB), Danclar Rossato (PSB), Getulio de Vargas (Republicanos), Anita Costa Beber (PP), Alexandre Vargas (Republicanos), Roberta Pereira Leitão (PP), Marina Callegaro (PT), Pablo Pacheco (PP) e Helen Cabral (PT).

Confira como cada vereador votou:

A favor

Tubias Calil (MDB)

Danclar Rossato (PSB)

Pablo Pacheco (PP)

Getulio de Vargas (Republicanos)

Tony Oliveira (PSL)

Anita Costa Beber (PP)

Alexandre Vargas (Republicanos)

Paulo Ricardo Pedroso (PSB)

Roberta Pereira Leitão (PP)

Manoel Badke – Maneco (DEM)

Juliano Soares – Juba (PSDB)

Rudinei Rodrigues – Rudys (MDB)

Adelar Vargas – Bolinha (MDB)

Luci Duartes – Tia da Moto (PDT)

Contra

Werner Rempel (PCdoB)

Givago Ribeiro (PSDB)

Ricardo Blattes (PT)

Admar Pozzobom (PSDB)

Helen Cabral (PT)

Marina Callegaro (PT)

Não votou por ser o presidente: João Ricardo Vargas (PP)

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3 Comentários

  1. Triste…um pseudojornalista, ativista ,nada isento… para este tipo de pessoa nao adianta mostrar as comprovacoes cientificas… primeiro irá refutar imediatamente.. segundo, nao tem capacidade de ler os trabalhos q comprovom .. melhor continuar assim mesmo.. repetindo como papagaio tais argumentos… pq deve ter qi de papagaio mesmo…

    1. Aguardando “os trabalhos que comprovam”. Lembrando que a farmacêutica que produz um dos medicamentos, a ivermectina, diz que não há base científica para adotar o uso contra a covid.

  2. “Sem eficácia comprovada” é um eufemismo generosíssimo da parte do redator. Os medicamentos do dito kit são comprovadamente ineficazes. Basta uma rápida busca para encontrar inúmeros portais de divulgação científica que apontam, com dados, que esses medicamentos não funcionam para Covid-19 e, além disso, causam prejuízos à saúde. Chamemos as coisas pelo nome que têm.

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