Pode crer. CPI do vento cortante nunca esteve tão distante no horizonte do Congresso
Você já deve ter lido, inclusive aqui, do desinteresse de deputados e senadores em fomentar, quanto mais criar, uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar politicamente (sim, o Congresso é um poder político, não policial) os efeitos da Operação Navalha. A ação da Polícia Federal desnudou as relações cortezes, até demais, entre representantes do Executivo e do Legislativo e uma empreiteira grandona, a baiana Gautama.
O desapego pela criação da CPI tem razão óbvia, embora desagradável do ponto de vista da sociedade: ninguém sabe no que ela poderia dar. Aliás, pressente-se: mais gente graúda poderia ser atingida, inclusive no Senado e na Câmara dos Deputados. Que motivação objetiva teriam os edis federais em criar algo que, inevitavelmente, os deixariam em maus lençóis? Pois é… Pois é…
No entanto, e apesar da inequívoca má vontade parlamentar na criação da CPI, insuflado (no melhor sentido do termo) pela opinião publicada, chegou-se a imaginar que sim, seria possível instalar a investigação. É? Não. Não é. Tanto que na Câmara dos Deputados descobriu-se, na sexta-feira, que o número de assinaturas divulgados como apoiadores da Comissão acabou desidratado. E mesmo no Senado, onde já haveria quantidade suficiente, há quem pense que as desistências começarão loguinho. Então…
EM TEMPO: esta (nem sempre) humilde página de internet defende a criação da CPI. Porque entende necessário aprofundar as investigações políticas, de vez que as policiais estão muito bem encaminhadas pelos federais. Mas não sou míope, embora use óculos. Enxergo. E não vejo vontade dos deputados e senadores. E escrevo isso. Só.
SUGESTÕES DE LEITURA – clique aqui e leia o artigo Adesões à CPI da Navalha caem de 153 para 137, publicado por Josias de Souza em seu site na internet.
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