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UFSM. Instituição tem uma Política de Igualdade de gênero. Mas ainda é preciso vencer modelos rígidos

Grupo de Trabalho do sindicato docente teve roda de conversa sobre o tema

Política de gênero ainda precisa vencer modelos rígidos, entenderam participantes da conversa (foto Reprodução Fritz R. Nunes)

Por Fritz R. Nunes / Da Assessoria de Imprensa da Seção Sindical dos Docentes da UFSM (Sedufsm)

Desde o dia 29 de outubro, a UFSM tem oficialmente uma Política de Igualdade de Gênero, que foi aprovada pelo Conselho Universitário, depois de ter passado pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE). Na quinta-feira, 25 de novembro, o Grupo de Trabalho da Sedufsm de Políticas de Classe, questões Étnico-Raciais, Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS), promoveu uma roda de conversa virtual justamente para problematizar “Os desafios para a política de gênero na UFSM”.  

A abordagem foi feita pelas convidadas, professora Márcia Paixão (departamento de Fundamentos da Educação da UFSM), e a professora Fernanda Stanicuaski (departamento de Biologia Molecular da UFRGS), fundadora e coordenadora do projeto Parent in Science. A coordenação da atividade foi da presidenta da Sedufsm, professora Laura Regina da Fonseca, que contou ainda com duas intérpretes de Libras: Mariléia Stolz e Rosana Roso Rocha Cezar.

Márcia Paixão foi a primeira destacar a importância de a instituição ter uma política de igualdade de gênero, que foi construída por muitas mãos e braços, depois de diversas reuniões com a comunidade interna, processo no qual teve participação ativa. Segundo a docente, somente mais recentemente, em 2016, é que a temática passou a ter uma face institucional, ganhando corpo, até chegar nas instâncias decisórias este ano, após uma parada devido à pandemia. Contudo, na visão de Márcia, o arcabouço está construído, mas é preciso que saia do papel para a prática.

Eixos, desafios e redes de apoio

O documento aprovado tanto no CEPE como no Consu é integrado por eixos, explica Márcia Paixão. Esses eixos demandam ações específicas, como por exemplo, para quem sofreu violência de gênero, mas, ao mesmo tempo, de um processo de formação para a igualdade de gênero, em todos os âmbitos da universidade, simultaneamente.

Ao todo são três eixos integradores dessa política: Promoção da Igualdade de Gênero – ações permeadas por vieses educativos e preventivos; Enfrentamento e Responsabilização em Casos de Violência – ações para acompanhar e combater violências ocorridas nas instâncias e espaços da instituição -; Assistência – através de iniciativas que acolham e amparem as mulheres que tenham sofrido algum tipo de violência.

Na lâmina apresentada pela docente, ela enfatizou bastante a questão do processo formativo. “A formação precisará ter muita visibilidade para que as pessoas e os setores compreendam a urgência e a importância da dimensão da igualdade de gênero nas relações de trabalho”. Da mesma forma, “compreendam a crueldade do sistema patriarcal que subordina as mulheres”, além de “compreender os privilégios de raça e de classe que produz racismo e desigualdades”.

Márcia pondera que a disputa de poder na instituição não deve e não pode ser desconsiderada. No texto apresentado por ela, a ênfase: “para que as ações sejam justas e igualitárias nos espaços de poder da UFSM é necessário que a dimensão da igualdade de gênero faça parte da visão de mundo das pessoas e da gestão nos momentos de decisões”. E complementa: para que isso aconteça, vai ser preciso “muitas redes de apoio…”

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