CÂMARA. Mesa Diretora dá fim ao distanciamento social e público lota galerias na sessão desta quinta
Ação foi feita para permitir ocupação por convidados para votação de projeto
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Por Maiquel Rosauro
As galerias da Câmara de Vereadores de Santa Maria lotaram na tarde desta quinta-feira (2), sem precisar se preocupar com as regras do distanciamento social. Momentos antes de iniciar a sessão, um funcionário da Casa retirou todos os cartazes que indicavam os assentos vedados ao público.
Conforme o Site apurou, a decisão de ampliar o número de visitantes nas dependências da Casa foi tomada no início da tarde pela Mesa Diretora devido a grande quantidade de pessoas convidadas para acompanhar a votação do Projeto de Lei Substitutivo 9/2021, de autoria do vereador Alexandre Vargas (Republicanos). A proposta reconhece as atividades religiosas como essenciais em Santa Maria diante de crises ocasionadas por moléstias contagiosas ou catástrofes naturais (em outras palavras: proíbe o fechamento das igrejas durante uma pandemia).
Conforme o Gabinete da Presidência do Legislativo, a decisão foi tomada com base no Artigo 24 da Resolução Legislativa vigente (AQUI), que diz: “Decisões urgentes que não restam apreciadas nesta Resolução Legislativa, poderão ser definidas pela Mesa Diretora e serão publicadas na forma de Ato Legislativo ou por Ordem de Serviço”.
A decisão da Mesa Diretora baseia-se no Decreto Estadual 56.199, de 18 de novembro de 2021, que passou a recomendar o distanciamento social. Até então, o Decreto Estadual 55.882, de 15 de maio de 2021, considerava o distanciamento social obrigatório.
Ou seja, na prática, a decisão da Mesa Diretora vai no sentido contrário à atual recomendação do Governo Estadual.
O público nas galerias usava máscara de proteção facial e, na entrada da Câmara, a temperatura dos visitantes era aferida. Além disso, a Casa também disponibiliza álcool em gel.
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Iniciativa aprovada
O projeto de Alexandre Vargas foi aprovado com dois votos contrários. Votaram contra Ricardo Blattes (PT) e Werner Rempel (PCdoB). Agora, a proposta será encaminhada para sanção do prefeito.
Para mais detalhes sobre o projeto que torna essenciais atividades religiosas, confira matéria que o Site publicou na madrugada de quinta (2) (AQUI).
É o libera geral. Quem liberou deveria ter Empatia que a câmara possuem servidores que inclusive já foram internados na UTI por terem contraído covid. Mas os “apoios” falam mais alto.