
Por Leandra Cruber / Da Assessoria de Imprensa do Projeto
As primeiras apresentações do projeto “O Legado do Rock” já têm despertado a imaginação de crianças e adolescentes de Santa Maria. Nesta semana, a banda santa-mariense Arde Rock começou as visitas em escolas públicas e instituições do município para contar histórias do universo musical. A ação ocorre durante todo o mês e deve alcançar centenas de alunos.
A Escola Municipal de Ensino Fundamental Vicente Farencena, em Camobi, foi a primeira a receber o projeto. Por lá, na terça-feira (8), os adolescentes conversaram sobre música e curtiram um show especial da banda. Uma mudança na rotina de estudos.
– Eles vêm alterar nossa rotina positivamente, porque a mensagem da banda traz valores como o respeito e também nos faz pensar como a música impacta na vida do adolescente – disse a coordenadora pedagógica Vera Lúcia Alves.
Os estudantes da EMEF Pão dos Pobres, EMEF Adelmo Simas Genro junto da Escola de Educação Especial Dr. Reinaldo Cóser, e Lar de Miriam e Mãe Celita também já receberam “O Legado do Rock”. Já neste sábado, o projeto desembarcou no Cadoz Boulevard com um show gratuito.
Para democratizar a cultura
Segundo Simone Sattes, produtora cultural e integrante da Arde Rock, o projeto é uma iniciativa que desperta a curiosidade por um gênero musical, o rock, e facilita o acesso à cultura.
– Acreditamos que é importante apresentar às crianças e adolescentes um estilo musical que muitas vezes não chega até elas. Amplia o repertório cultural e inspira com letras e histórias – explica.
Além disso, um dos objetivos é mostrar que, além de uma expressão artística, a música também é uma forma de inclusão social e de mudança, como tem sido para a Arde Rock.
– Killermano e eu viemos da periferia e tivemos uma infância muito difícil em nossa cidade natal, Cruz Alta. Foi a música que nos ajudou a seguir em frente, a encontrar força nos momentos mais desafiadores e a acreditar que podíamos sonhar e construir algo positivo. Queremos levar aos jovens e às comunidades a oportunidade de conhecer a música como ferramenta de acolhimento, inspiração e motivação, assim como foi para nós – conta Simone.
A música pode ser para todos
Os bate-papos e as apresentações da Arde Rock têm intérprete de Libras, iniciativa que já se tornou comum para a banda, mas ainda é pioneira no universo cultural.
Segundo Simone Sattes, cuidados como este são necessários para que os alunos surdos possam mergulhar na infinidade de músicas já produzidas e, também, entender as mensagens de cada letra:
– Criando integração e experiências inclusivas. É uma ação que conecta o rock autoral ao cotidiano das pessoas, incentivando o gosto pela música com propósito.
O projeto “O Legado Rock” é realizado com financiamento da Lei de Incentivo à Cultura de Santa Maria.






Olá! Ótima essa iniciativa de divulgar um estilo musical tão deixado de lado e muitas vezes associado a marginalidade, o que não é. Gosto muito desse estilo e estimulo e apoio o projeto. No entanto, afirmar no tema da matéria uma inclusão social, não está condizendo com o texto na totalidade. No texto fala de inclusão com pessoas de baixa renda, e sabemos que não é somente esse público que deve participar da inclusão. Temos diversos públicos que devem ser incluídos num projeto de inclusão social, tais como: cegos, cadeirantes, portadores de necessidades especiais diversas, autistas, pessoas com déficit intelectual e até mesmo surdos (eles podem sentir a música quando tocada), dentre outros. Um projeto de inclusão social não pode se restringir somente a um segmento da sociedade, mas sim a todos, que de algum modo são afastados por suas características. Pensem nisso e ampliem a sua inclusão social do modo que ela realmente deve ser, e não viver de propaganda política ou ideológica.