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CULTURA. Anunciados os vencedores da 17ª edição do “Santa Maria Vídeo e Cinema”. Confira todos eles

E vem aí a Bienal de Cinema de Santa Maria, que acontecerá junto ao Festival

Cerimônia de encerramento celebrou a produção audiovisual e juntou todos os vitoriosos do Festival (Foto Alice Pozzobon Rodrigues)

Por Juliana Prato / Da Padrinho Conteúdo e Assessoria

Os vencedores da 17ª edição do Santa Maria Vídeo e Cinema (SMVC) foram conhecidos na noite deste sábado, durante cerimônia realizada no Auditório da Cooperativa dos Estudantes de Santa Maria – Cineclube Lanterninha Aurélio (Cesma – R. Prof. Braga, 55 – Centro). O evento encerrou uma semana dedicada à exibição de filmes e debates, reafirmando o papel do festival como um dos principais espaços de difusão do audiovisual no Rio Grande do Sul.

Os filmes foram avaliados por um júri composto pelo cineasta Axel Monsú, o  jornalista e presidente da Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (ACCIRS), Daniel Rodrigues, o diretor de fotografia Giovane Rocha, a cineasta e professora na Escola Internacional de Cinema e TV de San Antonio de los Baños Juana Miranda González, e a atriz Manuela do Monte, que analisaram as produções inscritas nas categorias Mostra Nacional Competitiva de Curtas-Metragens e Mostra Sinprosm de Curtas-Metragens de Santa Maria e Região.

O festival contou pela primeira vez com o Júri da Crítica, representado pelo presidente da ACCIRS, Daniel Rodrigues, e pela jornalista e crítica Bianca Zasso. O Prêmio da Crítica, concedido a um filme da Mostra Nacional e outro da Mostra Santa Maria e Região, fortalece a conexão entre os realizadores e a crítica cinematográfica especializada.

Bienal de Cinema de Santa Maria

Curador e idealizador do SMVC, Luiz Alberto Cassol anunciou a criação da Bienal de Cinema de Santa Maria, que estreia em 2027, sempre nos anos ímpares. O festival seguirá sendo realizado anualmente e, nas edições ímpares, passará a integrar a programação da Bienal, ampliando o espaço de reflexão em torno da linguagem audiovisual.

A iniciativa pretende contemplar um número maior de produções e promover a integração entre diferentes linguagens artísticas, como mostras de cartazes, intervenções cênicas, apresentações de dança e música. “Queremos que outras artes também permeiem a arte cinematográfica. A Bienal permitirá essa ampliação do olhar e da experiência, oferecendo um espaço maior de encontro e reflexão sobre o cinema em Santa Maria”, destaca.

A Bienal também chancela a internacionalização do festival, que neste ano já deu seus primeiros passos com a realização de uma seleção do cinema cubano, além da exibição do longa argentino “Por tu bien”, de Axel Monsú, abrindo caminho para uma futura mostra latino-americana de curtas em competição.

Confira a Premiação do 17º Santa Maria Vídeo e Cinema

Prêmios Especiais da Organização do Festival

Prêmio Clayton Coelho de Direitos Humanos:
– “O Nome da Vida”, de Amanda Pomar.

Prêmio Luiz Roese, da Associação de Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia da Boate KISS:

– “A Um Gole da Eternidade”, de Paulo Ricardo de Moraes e Camila de Moraes

Prêmio Isadora Vianna Costa:

O Céu Invisível”, de Robson Santos Rosa, Max Frutuoso, Jamille Marin e Júlia Urach.

Prêmio Cineclube Lanterninha Aurélio:

– “Correnteza”, de Diego Müller e Pablo Müller.

Prêmio do Júri da Crítica

Mostra Sinprosm de Curtas de Santa Maria e região:

– Pela ousadia tanto estético-visual quanto da proposta temática, pela qual é possível identificar empatia do cineasta para com um grupo social e etário diferente do qual este pertence, e também pelo visível amadurecimento evolutivo em aspectos de linguagem cinematográfica do cineasta em relação à sua própria obra, o prêmio do júri da crítica na Mostra Santa Maria e Região do 17° Santa Maria Vídeo e Cinema vai para “O Amanhã de Ontem”, de Fabrício Koltermann.

Mostra Nacional Competitiva de Curtas-Metragens:

– Com uma câmera ao mesmo tempo onipresente, mas que parece inexistente, dada a capacidade de se integrar à ação dos personagens, e por tratar de forma sensível e cinematograficamente apurada a difícil realidade de mulheres na inóspita região da fronteira do Rio Grande do Sul com a Argentina, o prêmio do júri da crítica na Mostra Nacional do 17° Santa Maria Vídeo e Cinema vai para “Chibo”, de Gabriela Poester e Henrique Lahude.

Prêmio Rede Sina, pelo tema social:

– “Chache Lavi”, de Clementino Júnior

Mostra Sinprosm de Curtas de Santa Maria e região:  

Menções honrosas

Menção 1:
Por resgatar a memória de uma personalidade local em defesa de valores democráticos, mesclando linguagens narrativas, o júri concede menção honrosa a “Cartas de Felippe”, de Marcos Borba.

Menção 2:
Por evidenciar afetivamente um espaço coletivo e social importante para Santa Maria numa abordagem sensível e humana, o júri concede menção honrosa a “Morada”, de Neli Mombelli.

Menção 3:
Pela narrativa que desconstrói símbolos da masculinidade, apostando numa encenação ousada, o júri concede menção honrosa a “O Churras”, de Maurício Canterle.

Melhor Desenho de Som:

– Guilherme Wallau, “O Churras”.

Melhor Direção de Arte:

– Camila Marques, “O Amanhã de Ontem”.

Melhor Trilha Sonora Original:

– Márcio Echeverria Gomes, “Cartas de Felippe”.

Melhor Montagem:

– Marcos Oliveira, “Para Que Eu Não Esqueça”.

Melhor Direção Fotografia:
– Marcos Oliveira, “Para Que Eu Não Esqueça”.

Melhor Roteiro:

Fabrício Koltermann, “O Amanhã de Ontem”.

Melhores Interpretações:

Ida Celina, por “O Amanhã de Ontem”.

Henrique Ávila, por “Para Que Eu Não Esqueça”.

Melhor Direção:

Fabrício Koltermann, “O Amanhã de Ontem”.

Melhor Curta da Mostra de Santa Maria e Região:

– “O Amanhã de Ontem”, de Fabrício Koltermann. Além do troféu Vento Norte, o filme recebe o Troféu do Metropolitano RS – Ecossistema Audiovisual.

Mostra Nacional Competitiva de Curtas-Metragens:

Menções honrosas:

Menção 1:
Pela proposta formal corajosa sobre uma temática delicada e universal e pela memória de Jean-Claude Bernadet, o júri concede menção honrosa a “A Última Valsa”, de Fábio Rogério e Jean-Claude Bernardet.

Menção 2:
Por trazer ao público uma problemática urgente sobre a emigração, a xenofobia, o racismo, e também por sensibilizar as diferentes manifestações sobre esta problemática, que atinge a toda a humanidade, o júri concede menção honrosa a “Cache Lavi”, de Clementino Júnior.

Menção 3:
Por fazer o resgate de uma memória coletiva de um momento histórico e político do Brasil a partir de uma memória afetiva e familiar, o júri concede menção honrosa a “O Nome da Vida”, de Amanda Pomar.

Melhor Desenho de Som:

– Thaís Rizzo, “Bicicleta Vermelha”.

Melhor Direção de Arte:

– Gabriela Burck e Eder Ramos, “Flor”.

Melhor Trilha Sonora Original:

João Castanheirae Lucas Borges, “O Nome da Vida”.

Melhor Montagem:

– Mateus Ramos e Raoni Ceccim, “A Borda da Vida”.

Melhor Direção Fotografia:

– Henrique Lahude, “Chibo”.

Melhor Roteiro:

Maylon Romes, “O Que Fica de Quem Vai”.

Melhores Interpretações:

– Julia Almeida, pelo curta-metragem “Flor”.

– Dyio Coêlho, de “O que fica de Quem Vai”.

Melhor Direção:

– Gabriela Poester e Henrique Lahude, “Chibo”.

Melhor Curta de Animação:

“Lagrimar”, de Paula Vanina.

Melhor Curta Documental:

“A Borda da Vida”, de Camila Bauer.

Melhor Curta de Ficção:

“O que fica de quem vai”, André Zamith e Vinícius Cerqueira.

Melhor Curta da Mostra da Mostra Nacional:

“Chibo”, de Gabriela Poester e Henrique Lahude. Além do troféu Vento Norte, o filme recebe o Troféu do Metropolitano RS – Ecossistema Audiovisual.

Realização

SMVC, Filmes de Junho e IdeiaAção. Copromoção: Sinprosm, Prefeitura de Santa Maria, UFSM, Cesma. Apoio: Escola Internacional e Cine Y TV – San Antônio de Los Baños, Cineclube da Boca, Cineclube Lanterninha Aurélio, Locall, Finish. Metropolitano RS, Armazém Cultura e Entretenimento e Rede Sina.

Troféu Vento Norte

O Troféu Vento Norte entregue nas homenagens e premiações é uma réplica da obra eólica da artista Ana Norogrando. A obra está localizada no Largo da Locomotiva, no Jardim da Biblioteca Pública Municipal Henrique Bastide, de Santa Maria. O nome também é uma referência ao nome do primeiro longa-metragem do Rio Grande do Sul, lançado em 1951 e dirigido por Salomão Scliar.

O SMVC

O SMVC nasceu em 2002 para valorizar a produção audiovisual local e nacional. As primeiras 11 edições foram seguidas por um breve hiato, entre 2014 e 2016. Em 2017, o evento foi retomado com uma retrospectiva de sua trajetória e, em 2021, passou a figurar no Calendário Oficial de Eventos do Estado do Rio Grande do Sul.

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