ELEIÇÕES. Cenário muda de novo. PP cria problemão para Fabiano e empareda o PMDB. Ao mesmo tempo
Na avaliação de conjuntura, que este editor tem feito periodicamente, a semana passada iniciava com muito vigor e positividade para o pré-candidato do PSB à Prefeitura, Fabiano Pereira. Mais: parecia IMINENTE que as articulações que ele (com o presidente estadual da sigla, Beto Albuquerque), o prefeito Cezar Schirmer (PMDB) e o vice José Farret (PP) conduzissem à formalização de um superchapão governista liderado pelo próprio Fabiano, com um nome do PP, provavelmente, de vice, e o apoio do PMDB.
Mas, de lá para cá, as peças se moveram com tamanha força, e sobretudo no interior das agremiações, que, passada uma semana, o quadro é inteiramente novo. O PP tem um candidato a prefeito e acua o PMDB, cobrando reciprocidade garantida nos dois últimos pleitos e o PSB tem que se refazer, buscando alternativas além do pepismo-peemedebismo. Se o quadro é definitivo, ou no mínimo duradouro, talvez seja uma demasia garantir. No entanto, a situação se modificou substancialmente, como você verá a seguir, em tópicos:
1) A INUSITADA (há 30 anos não acontecia) mobilização das lideranças médias e da militância do PP foi o grande fato político da semana passada. Insurgindo-se contra a decisão praticamente tomada, de apoio ao PSB, pepistas mudaram o rumo da prosa, impuseram (na prática) a pré-candidatura de Sérgio Cechin à Prefeitura e mandaram um recado: “nós vamos. E vocês?”
2) SÃO DUAS AS consequências imediatas do reposicionamento do PP, se propondo protagonista do episódio eleitoral, e não coadjuvante. A primeira é que cria um problemão para Fabiano Pereira, que perde uma das pernas do tripe que o tornaria supercompetitivo. A outra é que o PMDB, a segunda perna, se vê na contingência de escolher, e não mais apenas seguir (ainda que no andar de cima) os nomes do PSB e do PP.
3) O PEEMEDEBISMO pode, por influências de dirigentes estaduais, manter-se ao lado de Fabiano Pereira. Mas isso terá que ser muito bem explicado aos seus militantes que, a exemplo de seus congeners pepistas, não estão satisfeitos. E mais: está emparedado pelo PP, que o apoiou com todo o denodo nas duas últimas eleições, que redundaram nas vitórias consecutivas de Cezar Schirmer.
4) ALIÁS, LÍDERES importantes do peemedebismo, muitos deles com cargos na administração, não escondem sua alegria com a decisão do PP. Consta que o próprio Schirmer não ficou de todo insatisfeito. Vêem, todos, a possibilidade de uma composição forte, competitiva e sem correr riscos ideológicos mais graves. Tendência do momento é, sim, de aliança com o PP. Tentando impor um candidato a prefeito, com Cechin de vice, ou, muito mais provavelmente, oferecendo um nome (Tubias Calil? Silvana Guerino? Marta Zanella? Magali da Rocha?) para ser o vice do pepista.
5) E OS OUTROS? Bueno, ainda que não digam, e até tentem tirar uma lasquinha, os já postos pré-candidatos Jorge Pozzobom (PSDB), Marcelo Bisogno (PDT) e Valdeci Oliveira (PT) adoraram a decisão do PP. Mesmo que enfrentem mais uma candidatura competitiva, com a provável dobradinha PP/PMDB, consideram melhor que ter pela frente um superchapão que unificasse três forças que têm militâncias (duas) e nome (uma). Não precisa desenhar, né?
6) O JOGO do trio acima é buscar ampliação de suas próprias alianças. Pozzobom investirá sobre o DEM (por mais que se diga que o partido de Manoel Badke já esteja fechado com o PPL de Werner Rempel) e o PSD (que, consta, estaria insatisfeito com a condução do processo por seu aliado natural, Fabiano Pereira, do PSB). Valdeci se volta para conversas também com o PSD, mas igualmente não ignora o potencial do PTB (que poderá escolher parceiro, e parece aquilatar as possibilidades, antes de tomar uma decisão) e outras siglas menores, além de já estar alinhavada a aliança com o PC do B. E Bisogno, que aparenta ter solidificado a ideia de chapa pura, com Ewerton Falk de vice, não deixa de lado conversações com siglas minúsculas e, também ele, com o PTB. Há quem não tenha desistido do sonho de uma frente trabalhista, mesmo que apenas à Câmara.
7) OS DEMAIS atores do jogo eleitoral, aparentemente, se encontram no mesmo lugar. Isto é, o PPL avança na negociação com o DEM, o PR de Paulo Ceccim se encaminha para uma chapa pura (ou com a adesão de pequenas siglas), tendo quem sabe sua presidente, Anita Costa Beber, como parceira de chapa, e o PSOL de Alcir Martins papeia com parceiros da Esquerda-Esquerda, PSTU e PCB, visando uma aliança pelo lado canhoto.
8) NOVIDADE a ser registrada, e só este sítio deu conversa ao assunto, seria a apresentação de um candidato a prefeito do Solidariedade, o pastor Jader (Jaderson Maretoli). Que pretenderia o apoio de um grupo de partidos minúsculos, a começar pelo PSC, passando por PTN, PRTB, PRB e PTC. Creia, ainda que a possibilidade exista, já houve CONTESTAÇÃO. Assim, melhor mesmo é esperar, para ver se desse mato sai coelho. Com todo o respeito.
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“ELEIÇÕES 2016. Começa a tomar forma a ‘carreira’ definitiva para outubro. Confira o cenário do momento”, publicada em 22 de março passado (AQUI)
não é de admirar se o PMDB chutar o traseiro do PP pois nisto eles são especialistas exemplo a nível federal, o que mais tem neste partido é traidor portanto não fiquem surpresos se houver uma aliança até mesmo com os tucanos na ultima hora faz parte da tradição deste partido.
Fabiano =viúva Porcina (a que foi sem nunca ter sido)
Uma ótima proposta seria pp com pmdb caso o vice não fosse os mesmos nomes batidos de sempre. Muito interesse e renovador caso fosse de vice a senhora secretaria de educação. Acompanho pelos jornais o trabalho dela e ela se destacou nesses últimos tempos. Agora me pergunto, e a Magali e o tubias? O que fazem? Um não consegue nem tapar buracos das ruas vai conseguir comandar uma cidade toda? E a outra passou a vida inteira na sombra dos outros, fora o todo o resto. Caso o pmdb indique um dos dois, seria tiro no pé. Eleição perdida. Mas acredito que isso o prefeito já saiba há muito tempo….