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ELEIÇÕES. Cenário muda de novo. PP cria problemão para Fabiano e empareda o PMDB. Ao mesmo tempo

Fabiano, com a deputada Lisiane Bayer e o líder Beto Albuquerque: revisão da estratégia? (foto Feicebuqui)
Fabiano, com a deputada Lisiane Bayer e o líder Beto Albuquerque: revisão da estratégia? (foto Feicebuqui)

Na avaliação de conjuntura, que este editor tem feito periodicamente, a semana passada iniciava com muito vigor e positividade para o pré-candidato do PSB à Prefeitura, Fabiano Pereira. Mais: parecia IMINENTE que as articulações que ele (com o presidente estadual da sigla, Beto Albuquerque), o prefeito Cezar Schirmer (PMDB) e o vice José Farret (PP) conduzissem à formalização de um superchapão governista liderado pelo próprio Fabiano, com um nome do PP, provavelmente, de vice, e o apoio do PMDB.

Mas, de lá para cá, as peças se moveram com tamanha força, e sobretudo no interior das agremiações, que, passada uma semana, o quadro é inteiramente novo. O PP tem um candidato a prefeito e acua o PMDB, cobrando reciprocidade garantida nos dois últimos pleitos e o PSB tem que se refazer, buscando alternativas além do pepismo-peemedebismo. Se o quadro é definitivo, ou no mínimo duradouro, talvez seja uma demasia garantir. No entanto, a situação se modificou substancialmente, como você verá a seguir, em tópicos:

Schirmer deverá conduzir o PMDB à aliança com o PP. É o mais provável. Mas… (foto Deivid Dutra/A Razão)
Schirmer deverá conduzir o PMDB à aliança com o PP. É o mais provável. Mas… (foto Deivid Dutra/A Razão)

1) A INUSITADA (há 30 anos não acontecia) mobilização das lideranças médias e da militância do PP foi o grande fato político da semana passada. Insurgindo-se contra a decisão praticamente tomada, de apoio ao PSB, pepistas mudaram o rumo da prosa, impuseram (na prática) a pré-candidatura de Sérgio Cechin à Prefeitura e mandaram um recado: “nós vamos. E vocês?”

2) SÃO DUAS AS consequências imediatas do reposicionamento do PP, se propondo protagonista do episódio eleitoral, e não coadjuvante. A primeira é que cria um problemão para Fabiano Pereira, que perde uma das pernas do tripe que o tornaria supercompetitivo. A outra é que o PMDB, a segunda perna, se vê na contingência de escolher, e não mais apenas seguir (ainda que no andar de cima) os nomes do PSB e do PP.

3) O PEEMEDEBISMO pode, por influências de dirigentes estaduais, manter-se ao lado de Fabiano Pereira. Mas isso terá que ser muito bem explicado aos seus militantes que, a exemplo de seus congeners pepistas, não estão satisfeitos. E mais: está emparedado pelo PP, que o apoiou com todo o denodo nas duas últimas eleições, que redundaram nas vitórias consecutivas de Cezar Schirmer.

4) ALIÁS, LÍDERES importantes do peemedebismo, muitos deles com cargos na administração, não escondem sua alegria com a decisão do PP. Consta que o próprio Schirmer não ficou de todo insatisfeito. Vêem, todos, a possibilidade de uma composição forte, competitiva e sem correr riscos ideológicos mais graves. Tendência do momento é, sim, de aliança com o PP. Tentando impor um candidato a prefeito, com Cechin de vice, ou, muito mais provavelmente, oferecendo um nome (Tubias Calil? Silvana Guerino? Marta Zanella? Magali da Rocha?) para ser o vice do pepista.

5) E OS OUTROS? Bueno, ainda que não digam, e até tentem tirar uma lasquinha, os já postos pré-candidatos Jorge Pozzobom (PSDB), Marcelo Bisogno (PDT) e Valdeci Oliveira (PT) adoraram a decisão do PP. Mesmo que enfrentem mais uma candidatura competitiva, com a provável dobradinha PP/PMDB, consideram melhor que ter pela frente um superchapão que unificasse três forças que têm militâncias (duas) e nome (uma). Não precisa desenhar, né?

6) O JOGO do trio acima é buscar ampliação de suas próprias alianças. Pozzobom investirá sobre o DEM (por mais que se diga que o partido de Manoel Badke já esteja fechado com o PPL de Werner Rempel) e o PSD (que, consta, estaria insatisfeito com a condução do processo por seu aliado natural, Fabiano Pereira, do PSB). Valdeci se volta para conversas também com o PSD, mas igualmente não ignora o potencial do PTB (que poderá escolher parceiro, e parece aquilatar as possibilidades, antes de tomar uma decisão) e outras siglas menores, além de já estar alinhavada a aliança com o PC do B. E Bisogno, que aparenta ter solidificado a ideia de chapa pura, com Ewerton Falk de vice, não deixa de lado conversações com siglas minúsculas e, também ele, com o PTB. Há quem não tenha desistido do sonho de uma frente trabalhista, mesmo que apenas à Câmara.

7) OS DEMAIS atores do jogo eleitoral, aparentemente, se encontram no mesmo lugar. Isto é, o PPL avança na negociação com o DEM, o PR de Paulo Ceccim se encaminha para uma chapa pura (ou com a adesão de pequenas siglas), tendo quem sabe sua presidente, Anita Costa Beber, como parceira de chapa, e o PSOL de Alcir Martins papeia com parceiros da Esquerda-Esquerda, PSTU e PCB, visando uma aliança pelo lado canhoto.

8) NOVIDADE a ser registrada, e só este sítio deu conversa ao assunto, seria a apresentação de um candidato a prefeito do Solidariedade, o pastor Jader (Jaderson Maretoli). Que pretenderia o apoio de um grupo de partidos minúsculos, a começar pelo PSC, passando por  PTN, PRTB, PRB e PTC. Creia, ainda que a possibilidade exista, já houve CONTESTAÇÃO.  Assim, melhor mesmo é esperar, para ver se desse mato sai coelho. Com todo o respeito.

LEIA TAMBÉM:

ELEIÇÕES. As pedras se movem. Viabilizar chapão governista em torno de Fabiano é a maior novidade”, publicada em 4 de abril passado AQUI)

ELEIÇÕES 2016. Começa a tomar forma a ‘carreira’ definitiva para outubro. Confira o cenário do momento”, publicada em 22 de março passado (AQUI)

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3 Comentários

  1. não é de admirar se o PMDB chutar o traseiro do PP pois nisto eles são especialistas exemplo a nível federal, o que mais tem neste partido é traidor portanto não fiquem surpresos se houver uma aliança até mesmo com os tucanos na ultima hora faz parte da tradição deste partido.

  2. Uma ótima proposta seria pp com pmdb caso o vice não fosse os mesmos nomes batidos de sempre. Muito interesse e renovador caso fosse de vice a senhora secretaria de educação. Acompanho pelos jornais o trabalho dela e ela se destacou nesses últimos tempos. Agora me pergunto, e a Magali e o tubias? O que fazem? Um não consegue nem tapar buracos das ruas vai conseguir comandar uma cidade toda? E a outra passou a vida inteira na sombra dos outros, fora o todo o resto. Caso o pmdb indique um dos dois, seria tiro no pé. Eleição perdida. Mas acredito que isso o prefeito já saiba há muito tempo….

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