É CINEMA. Bianca Zasso e uma viagem à Roma
“A história se passa na década de 70, período de grande repressão política no México, mostrado de forma sutil e até bem-humorada pelo roteiro. Cleo obedece sem reclamar às ordens de seus patrões e também das crianças, pelas quais ela demonstra um grande carinho. Houve quem execrasse Roma por conta da forma como a personagem é apresentada, elencando elementos que demonstram preconceito por parte do filme. Me mantive em silêncio ao me deparar com comentários que inclusive faltavam com o respeito ao diretor. Mas como incluí em minhas metas para o ano que nasceu há pouco não ficar quieta quando algo me incomoda, preciso dizer: essa gente não gosta de cinema.
O fato de Cuarón filmar a personagem de costas mais de uma vez durante o longa e até a relação entre Cleo e sua patroa Sofia (Marina de Tavira) ter sua legitimidade questionada parece coisa de quem não quer (ou não tem argumentos para) falar sobre cinema e busca em questões sociais uma saída para se inserir na conversa. É claro que uma das funções da Sétima Arte é nos fazer refletir sobre problemas da sociedade e repensar nossas próprias atitudes. Mas Roma me parece um filme dotado de tanto amor e devoção à figura de Cleo, que …”
CLIQUE AQUI para ler a íntegra de “Passagem para Roma”, de Bianca Zasso. Nascida em 1987, em Santa Maria, Bianca é jornalista e especialista em cinema pelo Centro Universitário Franciscano (UNIFRA). Cinéfila desde a infância, começou a atuar na pesquisa em 2009. Suas opiniões e críticas exclusivas estão disponíveis às quintas-feiras.
Como dizia Millôr:”Às vezes só ao ler a crítica percebemos que a merda de filme que vimos no dia anterior é uma obra genial’ (da Biblia do Caos).