Oito anos sem Leonel Brizola – por Daniel Arruda Coronel
No dia 21 de junho, faz oito anos do falecimento do ex-governador Leonel de Moura Brizola, que, embora não fosse unanimidade em vida, foi um dos maiores estadistas do século XX, exemplo de político ético, sério, nacionalista e comprometido com o desenvolvimento econômico e social do Brasil.
Brizola, ao longo de sua vida, deixou sua marca na história e na política brasileira por ações e atos que jamais serão esquecidos, tais como a Campanha da Legalidade, na qual contribuiu para a defesa e o respeito à ordem e à Constituição brasileira, ao garantir a posse de João Goulart. Essa ação permitiu adiar a Ditadura Militar que, infelizmente, instalou-se no país a partir de 1964 e cerceou a liberdade e o direitos de milhares de brasileiros e homens de bem.
Como Governador do Rio de Janeiro, juntamente com o saudoso Darcy Ribeiro e com Oscar Niemeyer, liderou a construção de mais de quinhentos Centros Integrados de Educação Pública (CIEPs), os quais contribuíram para uma educação digna, qualificada e humanista da população mais pobre do Estado do Rio de Janeiro, visto que as crianças tinham aula de manhã e à tarde, estando afastadas dos perigos da rua, além de contarem com atendimento odontólogico e de saúde, praticarem esportes e fazerem quatro refeições na própria escola. Além disso, fez a maior homenagem à cultura popular e autóctone brasileira com a criação do sambódromo.
Em uma sociedade cada vez mais desencantada com seus líderes políticos, é sempre conveniente lembrar exemplos como os de Brizola, que percebeu, já na década de 1960, como governador do Rio Grande do Sul (RS), que, sem uma educação séria, digna e qualificada é impossível pensar numa estratégia nacional de desenvolvimento que busque uma melhor distribuição de renda e melhores índices econômicos e sociais, pois o capital humano é um dos poucos ativos intagíveis e imperecíveis ao longo do tempo.
Enfim, desde sua partida, em 2004, muita coisa mudou no país, contudo seus ideais e sua busca constante por um país mais justo, ético e soberano devem ser bandeira dos políticos e brasileiros de bem que querem um país melhor, com ênfase no desenvolviomento nacional e com extirpação do patrimonialismo e dos vícios públicos e privados que rondam e enfraquecem as instituições brasileiras.
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