OBSERVATÓRIO. Farret, candidato. Avisaram ao PP?
Semana passada, o colega José Mauro Batista fez o devido registro, neste espaço: José Haidar Farret, o atual vice-prefeito, é pré-candidato à sucessão de Cezar Schirmer no pleito de 2016. Com o que, pretenderia voltar, pela terceira vez, ao cargo principal do Executivo da boca do monte – já exercido por 10 anos, seis nos anos 80 e o restante na década seguinte.
Prudente, como recomenda a vasta experiência política, Farret deixou claro que decisão definitiva se dará no momento apropriado, que é até o final deste ano. O colunista não ousa dizer que o atual vice deixará de ser candidato. Inclusive porque o prefeito Cezar Schirmer já declarou que apoiaria seu segundo, se este for candidato.
No entanto, há uma condição prévia ainda não estabelecida, e que se não for cumprida impedirá Farret de concorrer. Qual? Ser apoiado por seu próprio partido. Isso mesmo. É crescente no PP, e talvez majoritário, o pensamento de acordo com o qual o partido só tem uma chance de sobrevivência no futuro: apostar no recomeço e na criação de novas lideranças.
Daí porque, se uma decisão fosse dada agora, não seria nada improvável que a agremiação rejeitasse a vontade de Farret. Apoiaria outro nome, garantindo o lugar de vice a alguém “diferente”, ganhando tempo para a formação de quadros capazes de disputar com chance eleições futuras.
A ideia, segundo Observatório pode apurar, e reuniões nesse sentido já ocorreram, ainda que embrionariamente, é chancelar a candidatura a prefeito de Jorge Pozzobom, do PSDB. Deixaria o PMDB de lado, pois não vê no partido de Schirmer alguém competitivo o suficiente para ser bancado.
Como se percebe, a pré-candidatura de José Farret, que é real, esbarra num sentimento mudancista interno do PP. Quer dizer que ele não será candidato, como seria seu desejo? Talvez sim. Talvez não. Até o final do ano se saberá.
É a treva, junto com o Xirme.
Nunca se vendeu tanto óleo de peroba neste País!
O Doutor Farret possui condições jurídicas para concorrer a prefeito, tendo em vista que, na última eleição, sequer pode votar em função de uma condenação sofrida???