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POLÍTICA. Ministro do STF se irrita com as manobras do Presidente da Câmara e defende que ele renuncie

Marco Aurélio: a saída espontânea (de Eduardo Cunha) melhoraria a situação da Câmara
Marco Aurélio: a saída espontânea (de Eduardo Cunha) melhoraria a situação da Câmara

As constantes manobras do Presidente da Câmara dos Deputados, e terceiro na linha de sucessão da Presidência da República, Eduardo Cunha, acabaram irritando um dos mais experientes ministros do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello.

Saiba mais sobre tudo isso, inclusive acerca do que fez o ex-superCunha nesta quinta-feira, conferindo o material produzido pelo G1, o portal de notícias das Organizações Globo. A reportagem é de Renan Ramalho, com foto de Reprodução. A seguir:

Marco Aurélio defende renúncia de Cunha do comando da Câmara

O ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal, defendeu nesta quinta-feira (19) a renúncia do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara. Para ele, a saída do peemedebista do comando da Casa deverá amenizar a crise política no país.

“Nós precisaríamos de uma grandeza maior para no contexto haver o afastamento espontâneo. Quem sabe até a renúncia ao próprio mandato”, afirmou o ministro antes da sessão desta quinta no STF.

Marco Aurélio acrescentou que a saída espontânea melhoraria a situação da Câmara. “Melhoraria sem dúvida alguma porque teríamos a eleição de um novo presidente para a Câmara. Ele [Cunha] continuaria no desempenho do mandato, porque, de qualquer forma, ele está na cadeira por algum tempo, tendo em conta apenas o mandato”, disse.

Eduardo Cunha é investigado em três inquéritos no STF relacionados à Operação Lava Jato. Num deles, já foi denunciado por suposta prática de corrupção e lavagem de dinheiro, a partir de desvios na Petrobras. Na Câmara, poderá enfrentar um processo de cassação por omitir dos colegas a existência de contas no exterior das quais é beneficiário.

Marco Aurélio foi questionado pelos jornalistas inicialmente sobre manobra articulada por Cunha com aliados nesta quinta que levou à anulação de uma reunião do Conselho de Ética que votaria pela continuidade ou não do processo que o investiga por suposta quebra de decoro parlamentar. Após deputados se retirarem do plenário em protesto, Cunha suspendeu a decisão.

Marco Aurélio considerou “lamentável” a atitude do presidente da Câmara, de quem se aguarda, para o ministro, “postura exemplar…”

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