ANÁLISE. Farret fora do jogo não significa que ele deixará de jogar. E se estiver ao lado de Schirmer…
A ausência de José Haidar Farret da disputa eleitoral foi confirmada na tarde passada, após o Tribunal Regional Federal não acolher o pedido de revisão criminal que poderia permitir que ele concorresse em outubro. Desfecho que, por sinal, era previsto por todos os especialistas em Direito, que, no entanto, mantinham a cautela necessária e adequada.
Isso significa, então, que o vice-prefeito está fora do jogo político? Não, decididamente, não. Afinal, tem um capital político difícil de ser medido, mas que, de todo modo, é significativo. E que todos gostariam de ter ao seu lado. Ainda mais se estiver junto com o atual prefeito Cezar Schirmer. Ok, ok, quem é governo sofre desgaste e o comandante do Palacete da SUCV por certo tem o seu. Mas, ainda assim, tem o poder municipal, com tudo o que isso significa.
Resumindo: Farret está fora da busca pelo voto, mas influenciará. E se a conversa que terá com Schirmer (como o próprio prefeito sugeriu em NOTA distribuída nesta quinta-feira) redundar em algum tipo de acordo, ambos poderão ser mais protagonistas do que parece à primeira vista. Podem apostar.
Enquanto isso, a decisão judicial deixa mais claro o quadro e as possibilidades de alianças visíveis ou nem tanto, com relação a outubro.
Hoje, há quatro polos. Um deles representado por Fabiano Pereira, do PSB. Se o ex-petista terá o apoio ou não de Schirmer e do PMDB é algo a ser ainda confirmado. Mas é um dos que está no jogo. E tende a ser protagonista.
Outro tem na cabeça o tucano Jorge Pozzobom, que, conforme conversas prévias, encaminha, e bem, uma coligação à direita, com a participação do PP, do DEM e do Solidariedade. Com a possibilidade, ainda, de agregar o PSD – se isso for acordado com a direção estadual pessedista.
O terceiro pólo, naturalmente, é liderado pelo PT de Valdeci Oliveira. Há dúvidas sobre quais agremiações poderão se unir ao deputado, que até poderá ir de “chapa pura”, com Luiz Carlos Fort de vice. No entanto, são adiantados os papos visando a adesão de outros partidos e o PC do B é o que está mais próximo. Ninguém duvida que o PDT poderá ser buscado. Algo a ser conferido.
Aliás, o pedetismo é exatamente o quarto pólo dessa história. Marcelo Bisogno mantém a candidatura a prefeito. E fontes do editor confirmam que ele buscou, entre outras agremiações, o PP, tentando viabilizar (sem que se citem nomes de candidatos) também um acordo que unisse o governismo, o que incluiria o PMDB e o DEM. Talvez, é a impressão, tenha chegado atrasado. Talvez.
De todo modo, com a saída do nome de Farret como candidato a prefeito, os partidos tendem a se agilizar. E é bastante provável que até o final de abril Santa Maria conheça as alianças que serão formadas para disputar a prefeitura e até mesmo a Câmara de Vereadores.
EM TEMPO: a manter-se o cenário (afinal, “política é como nuvem, uma hora está aqui, outra ali”), os outros postulantes à Prefeitura têm o seu público e discurso, mas não serão protagonistas, na avaliação deste editor. No caso, são Werner Rempel (PPL), Alcir Martins (PSOL) e Paulo Ceccim (PR).
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