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SAÚDE. Na falta de um Pronto Socorro Regional, se debate a transformação da UPA. Mas, e como seria?

UPA de Santa Maria foi projetada inicialmente para atender em média 500 casos por dia
UPA de Santa Maria foi projetada inicialmente para atender em média 500 casos por dia

A ideia até pode ser boa, se pode depreender da opinião de todos. Mas o principal problema, ao que tudo indica, continuará do mesmo tamanho. Isto é, o financiamento. O troco. A bufunfa. Os caraminguás necessários à implementação. Isso significa que não se deve discutir o tema? Claro que não. Nesse sentido, é interessante saber como poderia haver a transformação da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) local em Regional.

De todo modo, parece que esse será  um dos temas para o prefeito Cezar Schirmer, que estará em Brasília na próxima semana. Mas, especificamente sobre a UPA Regional, vale conferir o material publicado neste final de semana pelo jornal A Razão. A reportagem é de Fabrício Minussi, com fotos de Gabriel Haesbaert (UPA) e Arquivo (secretária). A seguir:

E se a UPA fosse um PA Regional?…

Antes é preciso deixar bem claro. Trata-se de uma proposta e não de um projeto em fase de elaboração. O assunto está no âmbito da discussão entre os gestores da saúde regional, mas tomou corpo durante a semana nos encontros promovidos segunda e terça-feira, em Santa Maria, com representantes da Secretaria Estadual da Saúde (SES), 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) e Prefeitura Municipal. A possibilidade de transformar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Bairro Perpétuo Socorro em Pronto Atendimento (PA) Regional para cobertura de alguns municípios vizinhos foi manifestada pela primeira vez por um representante do Estado.

Vânia Olivo: mais leitos de retaguarda para urgência e emergência. Assunto em debate no setor de saúde
Vânia Olivo: mais leitos de retaguarda para urgência e emergência. Assunto em debate no setor de saúde

Em entrevista para A Razão, o diretor do Departamento de Assistência Ambulatorial e Hospitalar da SES, Alexandre Britto, ao explicar porque o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) não terá um Pronto Socorro (PS), respondeu que existe uma demanda regional de serviços de alta complexidade que precisa ser resolvida, e que a Prefeitura de Santa Maria vem estudante a alternativa de transformar a UPA em PA Regional.

A secretária de Município da Saúde, Vânia Olivo admitiu que o assunto é discutido nos encontros de gestores da saúde, que estão trabalhando na reorganização das atenções básica e hospitalar na região Centro. “Mas são discussões que envolvem outras questões. Não podemos ser irresponsáveis em afirmar que já estamos trabalhando esse tipo de mudança. Antes precisaríamos considerar a abertura de mais leitos de retaguarda para urgência e emergência, independente se o HRSM vai ter PS ou não.”, explicou a secretária.

Ela lembra que o Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), recentemente, adotou o sistema de portas fechadas, ou seja, só atende casos regulados por outros serviços, como Samu, UPA e PAs. “Então precisamos perguntar: para onde vai toda a demanda de urgência e emergência da região? Precisamos promover essa discussão e analisar a repercussão que ela terá ao longo do tempo”, avaliou a secretária Vânia.

Cidade precisa de mais leitos SUS

A possibilidade de transformar a UPA em PA Regional, explica a secretária Vânia Olivo, continuará sendo tratado nos encontros dos gestores da saúde. “Estamos trabalhando para recuperar um cenário de atendimento à saúde regional, qualificando a atenção básica e hospitalar”, disse Vânia.

As equipes que atuam no processo de reestruturação estão em treinamento. “Recentemente, aumentamos a capacidade de procedimentos mensais na Casa de Saúde de 70 para 380 atendimentos, com o suporte da SES. Existe uma adesão de hospitais da região a uma rede com mapa de capacidade cirúrgica. Assim, identificamos quais as especialidades que demandam mais atenção. Mas precisamos de mais leitos de retaguarda para urgência e emergência para operarmos esse novo cenário que está em fase de implantação”, explicou a secretária.

Caso a ideia de transformar a UPA em PA Regional venha a prosperar a proposta estaria condicionada a transformar o PA do Patronato numa UPA categoria II e o PA da Tancredo Neves em uma UPA categoria I. “Hoje esse dois PAs são totalmente custeados pelo município, não havendo contrapartidas do Estado e da União”, disse a secretária.

QUALIFICAÇÃO

Na próxima semana a secretária Vânia Olivo á à Brasília com o prefeito Cezar Schirmer para buscar, junto ao Ministério da Saúde, uma vistoria técnica de qualificação na UPA do Bairro Perpétuo Socorro. O objetivo é obter a atualização no valor dos recursos que são disponibilizados para custeio das operações de atendimento de urgência e emergência na unidade, sob a responsabilidade da Sociedade Franciscana de Assistência à Saúde (Sefas). Atualmente a UPA de Santa Maria recebe, mensalmente, R$ 750 milm sendo que as demais unidades de mesmo porte no RS que estão abrindo as portas já recebem o aporte atualizado. Toda a documentação já foi elaborada e a expectativa é de que a visita técnica possa ocorrer ainda nesse ano.

COM A PALAVRA

“Não existe nada de oficial sobre a transformação da UPA em Pronto Atendimento. Há uma discussão sobre essa possibilidade. Mas se isso acontecer serão necessários investimentos. Como está, hoje, não tem como atender a uma demanda regional de pacientes. O que estamos fazendo é a busca pela qualificação, com a atualização dos valores repassados para o custeio das nossas operações, que estão defazados.”

Rogério Carvalho, administrador da UPA.

“A secretária tem comentado sobre essa possibilidade de transformação da UPA. O interessante é que a nossa unidade está sendo utilizada por pacientes de outros municípios. Isso é fato. Mas é apenas uma discussãom que poderá ser aprofundada”.

Lenir Pires da Rosa, coordenadora da 4ª CRS”

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