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Mais 4,45%. 11 produtos e serviços são os responsáveis por 70% da inflação do semestre em SM

Não é incrível?! Um “seleto” grupo de cinco itens do setor de alimentação e outros seis (incluindo três que são serviços públicos concedidos) de áreas diversas é o principal responsável pela inflação do primeiro semestre em Santa Maria – divulgada ontem pelo Núcleo de Econômico de Pesquisa e Extensão do curso de Economia da Unifra. E olha que o total de itens pesquisados é próximo a mil, em oito grupos diferentes de bens e serviços.

 

Conforme o NEPE, no trabalho coordenado pelo professor José Maria Pereira, e que antecipei ainda na manhã desta terça-feira (confira aui) a inflação santa-mariense em junho foi de 0,47%. Acumulados os seis primeiros meses do ano, a elevação de preços dos cerca de mil itens pesquisados, entre bens e serviços, alcança 4,45% – ligeiramente inferior aos 4,63% encontrados em idêntico período de 2008.

 

Se os dados forem anualizados, temos que nos últimos 12 meses, Santa Maria apresenta uma inflação de 8,01%. Aí, uma diferença. No mesmo junho, em 2008, o aumento anualizado era ligeiramente inferior: 7,84%. Com certeza, voltaremos ao assunto, com mais detalhes – especificamente em relação ao comportamento dos preços no mês passado. Pode aguardar.

 

O SEMESTRE – Aquele time citado no primeiro parágrafo contribui com 3,1704% dos 4,47% de aumento entre janeiro e junho. Mas, quem são esses “amigos” da inflação santa-mariense? Há o quinteto da alimentação, representado por Leite em caixas, leite tipo C, Manga, queijo tipo lanche e alimentação fora de casa. E também há outros seis itens, a saber: energia elétrica, cigarro, passagem de ônibus, Megasena e Supersena, água e esgoto, e botijão de gás.

 

Há, claro, algumas explicações para isso. Uma delas, segundo pude depreender do Boletim do Índice do Custo de Vida de Santa Maria disponibilizado pelo NEPE/Unifra, é a estiagem prolongada, que, por exemplo, criou problemas para pastagens. Leite, para ficar num item, depende disso. 

 

O MÊS – Já contando apenas junho, objeto primeiro da pesquisa, que apresentou um reajuste de preços na ordem de 0,47%, não fosse o extraordinariamente alto índice de reajuste dos itens de Alimentação e a inflação seria irrisória. Afinal, sua contribuição foi de exato 0,47% (com o reajuste individual médio do grupo de 1,61%). Outros grupos que apresentaram aumento de preço deram uma “ajuda” irrisória: Habitação (0,08%), Vestuário (0,05%), Transporte (0,02%) e Educação (0,01%).

 

Para contrabalançar, os demais grupos pesquisados apresentaram deflação, no mês passado: Artigos de Residência (0,02%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,08%), Despesas Pessoais (0,03%) e Comunicação (0,03%). Esse quarteto, porém, apenas compensou os baixos reajustes dos outros quatro, exceto Alimentação, que excedeu.

 

 

PARA LER A ÍNTEGRA DO BOLETIM DO ICVSM, com análise detalhada dos números do mês e do semestre, e outras avaliações, além de artigos inéditos dos professores do NEPE/Unifra, CLIQUE AQUI.

 

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