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Em favor da criança. Contra o abuso infantil

Está aí uma campanha que precisa e merece o apoio da sociedade. Trata-se do projeto “Quebrando o silêncio”, promoção da Igreja Adventista do Sétimo Dia, e que chega à segunda edição (a primeira combatia a violência doméstica contra as mulheres). O que se pretende, agora, é colaborar para reduzir os índices de violência que atinge as crianças. E isso será feito através da conscientização.

Palestras em escolas e outros locais, distribuição de material informativo, entre outros, são os meios de divulgação da campanha. O objetivo do material é oferecer maneiras de as vítimas procurar auxílio. Nele constam todos os locais e maneiras nos quais é possível denunciar esse que é um problema grave da sociedade.

O lançamento da “Quebrando o silêncio” se dará na manhã deste sábado, na praça Saldanha Marinho. E é o pretexto para uma excelente, e imperdível, reportagem assinada por Ranice Pedrazzi, na edição deste final de semana, em A Razão.

O texto mostra a situação em números e exemplos e… Bem, melhor você mesmo ler. Vale a pena. Confira:

”Infância ameaçada
Todos os dias, 18 mil crianças sofrem algum tipo de abuso. E na maioria das vezes, a violência começa dentro de casa

Uma criança está no pátio da casa de seus pais. Sentada em um balanço, colocado na sombra de uma árvore, ela é embalada pela mãe, lentamente. No chão, areia para o caso de uma queda. A criança sorri e fecha os olhos. Sente-se segura, acompanhada, protegida e tranqüila.

Mas infelizmente esta não é a realidade de cerca de 30% das crianças brasileiras. Negligência, abuso e violência fazem parte da rotina de milhares de meninos e meninas. É um problema social que está ganhando proporções cada vez maiores, a medida em que aumenta a população. Como uma bola de neve, cada vez mais crianças são obrigadas a conviver com a violência e, no futuro, ao se tornarem adultas, certamente repetirão em outras crianças o mesmo tipo de tratamento que tiveram durante a infância.

No Brasil existem, há bastante tempo, mecanismos para proteger as crianças dos maus tratos. Desde a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente, a violência passou a ser caso de polícia. Todos os meios legais para proteção existem, mas a lei não pode lutar contra a conivência e o medo da denúncia.

Na maioria dos casos, a violência começa dentro de casa, ou seja, crianças são vítimas de suas próprias famílias. No Brasil, onde existe uma população de quase 67 milhões de crianças de até 14 anos, são registrados por ano 500 mil casos de violência doméstica de diferentes tipos. Em 70% dos casos os agressores são pais biológicos. Não é um problema exclusivo da população de baixa renda. O abuso ocorre em todas as classe sociais. Há casos de crianças de escolas particulares que sofriam agressões, o que demonstra que a pobreza não é um fator determinante para o abuso.

Diariamente morrem no Brasil cerca de 100 crianças vítimas de maus tratos. As agressões podem ser classificadas como negligência, violência física, abuso sexual e violência psicológica. Só para se ter uma idéia da gravidade da questão, todos os dias mais de 18 mil crianças são espancadas no país, segundo dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). A maioria das vítimas são meninas entre sete e 14 anos.

Uma das formas criadas pelo governo federal para tentar combater a violência contra a criança foi a efetivação do Disque Denúncia Nacional de Abuso e Exploração Sexual Contra Crianças e Adolescentes. O serviço, ligado a Secretaria Especial dos Direitos Humanos (SEDH), desde 2003 já recebeu 18.195 denúncias de todo o país. Embora criado com o objetivo específico de combater a exploração sexual, o serviço também tem sido uma importante ferramenta para a luta contra o abuso. Além as 2.866 denúncias de abuso sexual e 2.217 de exploração sexual comercial, o serviço registrou ainda denúncias de negligência, violência psicológia, crianças desaparecidas, entre outras.

Segundo um relatório elaborado pela SEDH, entre fevereiro e setembro de 2005, 62% das vítimas que buscaram o serviço são do sexo feminino e 56,5% do total de denúncias envolve vítimas de 0 a 6 anos de idade, ou seja, crianças muito pequenas.

Do Rio Grande do Sul foram 1676 denúncias em três anos, um número ainda pouco expressivo. É óbvio que existem serviços locais, em todas as cidades do Estado, que…”


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página do jornal na internet, no endereço www.arazao.com.br, ou na versão impressa, nas bancas desde as primeiras horas deste sábado.

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