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Valorizando… – por Alice Elaine Teixeira de Oliveira

aliceComo atribuir valor a algo, a alguém ou a um serviço?

Esta pergunta nos persegue por toda nossa vida e nunca é fácil de responder com uma simples sentença com poucos argumentos ou palavras. Proponho analisar cada um dos itens da pergunta em separado para confirmar a afirmação anterior.

Atribuir valor a algo é algo razoavelmente mais fácil do que as outras duas opções, do meu ponto de vista, já que geralmente é um objeto, um imóvel, uma roupa, um carro, ou seja, algo físico e real. Mesmo que este bem possua um valor emocional em acréscimo ao valor de mercado, ainda assim, temos como mensurar o quanto vale para nós. Por pensar que não devemos valorizar demais as coisas materiais que nos cercam nem vou estender este assunto por aqui.

Descobrir o valor que uma pessoa tem já é um assunto muito mais particular e ao mesmo tempo complexo. Além de ser uma vida, algo que não temos como pagar de volta se a perdermos, não há como recriar uma pessoa em outra. Um amigo acumula valor com o passar dos anos e torna-se ainda mais precioso quando fica ao nosso lado em todas as ocasiões. Embora alguém possa nos magoar por nos dizer verdades necessárias quando não estávamos interessados em ouvir os seus conselhos, no balançar da carruagem, quando as coisas começam a se ajustar, notamos o seu real valor. E muito mais comum é atribuir um grande valor a uma pessoa que se foi; todos dizem que só se dá valor a alguém quando se perde.

Como é bom encontrar pessoas que, por meio de sua conduta e ações, aumentam os nossos rendimentos. Um ombro amigo, uma mão na roda e o irmão nascido de outros pais que nos são essenciais nas horas difíceis. Mas o contrário também é verdadeiro. Quão ruim é possuir ao seu lado uma pessoa que apenas suga, tira e absorve. Uma pessoa que te oprime, te diminui e te envergonha. Alguém que não acrescenta nada para ninguém, nem à humanidade, não deve receber o valor além do que já tem por ser uma vida humana, apenas e tão somente, merece que respeitemos o seu fôlego de vida até que expire.

Agora, entender o valor de um serviço prestado é algo ainda mais complexo. Não estou dizendo que é MAIS importante do que dar valor a uma pessoa, mas que é mais COMPLEXO. Geralmente uma prestação de serviço é o tempo e conhecimento prático que alguém desprende dela em uma ação específica ao seu favor. No caso anterior, este valor é calculado a fim de aumentar nosso apreço pela pessoa que nos prestou tal ação, mas agora estou falando em uma relação comercial e não emocional ou passional.

A questão que me intriga é simples: por que é que valorizamos tanto o que fazemos por outros e não valoramos o que é feito por nós? A questão que me irrita muito é, também, muito simples: por que só questionam o serviço que prestamos apenas após o trabalho pronto e entregue?

Penso o seguinte: se a pessoa que pede o serviço não sabe realizar o mesmo, então, deve valorizar quem estudou e sabe fazer bem feito. Mas, se o contratante sabe fazer e mesmo assim contrata alguém para cumprir por ele um trabalho, então, deve valorizar ainda mais este serviço por estar comprando o tempo que ele perderia ao realizá-lo.

De qualquer forma, quando precisamos que alguém nos preste um serviço é esta pessoa que tem o direito de colocar um preço. Temos o direito de recusar e procurar outro, mas o dever de pagar o contratado sem diminuir o seu valor!

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